Redação Publicado em 05/05/2022, às 16h00
Provavelmente, você já ouviu alguém dizer: “meu colesterol está muito alto”. Mas o que isso quer dizer? O colesterol é uma substância cerosa que se assemelha à gordura e não é algo essencialmente “ruim”, porque o corpo precisa dele para construir células, produzir vitaminas e outros hormônios. A questão é que colesterol em excesso pode causar problemas de saúde.
O colesterol tem origem em duas fontes diferentes. A principal delas é o fígado, responsável por produzir toda a quantidade necessária para o corpo. O restante do colesterol vem de alimentos como carnes gordas, laticínios e, sobretudo, de alimentos ultraprocessados, ricos em gorduras saturadas e trans, que induzem o fígado a fabricar mais colesterol . Essa produção adicional pode elevar o colesterol de um nível normal para um que não é saudável.
O colesterol circula no sangue e, à medida que a sua quantidade aumenta, os riscos à saúde também aumentam. O colesterol alto contribui para chances maiores de doenças cardiovasculares, como doenças cardíacas e acidente vascular cerebral (AVC).
Os dois tipos de colesterol são: LDL, e HDL. Grandes quantidades do tipo LDL ou uma porção insuficiente do HDL eleva as chances de um acúmulo lento nas paredes das artérias. O colesterol pode se unir a outras substâncias para formar um depósito grosso e duro no interior das artérias, provocando um estreitamento e diminuindo a flexibilidade (condição conhecida como aterosclerose). Se um coágulo de sangue se formar e bloquear uma dessas artérias estreitas, pode resultar em ataque cardíaco ou derrame.
O colesterol alto é um dos principais fatores de risco controláveis para doença cardíaca coronariana, ataque cardíaco e derrame. Além disso, se a pessoa tem outros fatores de risco, como tabagismo, pressão alta ou diabetes, as chances aumentam.
Confira:
O corpo produz naturalmente todo o colesterol LDL de que precisa. Porém, um estilo de vida não saudável faz o organismo fabricar essa substância em uma quantidade bem maior. Comportamentos que podem afetar negativamente os níveis de colesterol incluem:
A hereditariedade também pode influenciar. Algumas pessoas herdam genes que fazem com que elas tenham uma produção elevada de colesterol, condição chamada de hipercolesterolemia familiar (HF).
O colesterol alto pode ser reduzido, diminuindo também os risco de doenças cardíacas e derrame. Se só as mudanças de estilo de vida não forem suficientes, pode ser necessário um tratamento medicamentoso. Segundo um artigo da American Heart Association (AHA), entre as principais mudanças no estilo de vida que ajudam a reduzir os níveis de colesterol estão:
Do ponto de vista dietético, a melhor maneira de diminuir o colesterol é reduzir a ingestão de gordura saturada e gordura trans. A American Heart Association recomenda limitar a gordura saturada a menos de 6% das calorias diárias, bem como minimizar a quantidade de gordura trans.
Reduzir essas gorduras significa limitar o consumo de carne vermelha e de produtos lácteos feitos com leite integral, mas, principalmente, de alimentos industrializados, processados e ultraprocessados. Além disso, também é preciso diminuir as frituras. O ideal é ter uma alimentação rica em frutas, legumes, grãos integrais, aves, peixes, nozes e óleos vegetais, limitando também alimentos e bebidas adoçadas.
Um estilo de vida sedentário reduz o colesterol HDL, o que significa que há menos dessa substância do tipo “boa” para remover a “ruim” de suas artérias. Fazer pelo menos 150 minutos de exercício de intensidade moderada por semana, como caminhada, natação ou ciclismo, é suficiente para diminuir tanto o colesterol quanto a pressão alta.
Fumar cigarro convencional ou o eletrônico também reduz o colesterol HDL. Além disso, se uma pessoa tem níveis elevados e também fuma, o risco de doença cardíaca coronariana aumenta ainda mais. Ao parar de fumar é possível reduzir o colesterol LDL e aumentar os níveis do HDL.
Estar acima do peso ou com um quadro de obesidade tende a aumentar o colesterol "ruim" e diminuir o "bom". Segundo a American Heart Association, uma perda de peso de apenas 5% a 10% pode ajudar a melhorar os níveis dessa substância.
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