Você sabia que os rins são importantes para o combate à anemia? E que é neles que se inicia o controle da pressão arterial? Veja, a seguir, quatro fatos e curiosidades sobre esses órgãos:
O rim produz o hormônio eritropoetina, que é responsável por estimular a produção dos glóbulos vermelhos lá na medula óssea, que são as células responsáveis por carregar o oxigênio da circulação para os tecidos. Quando o paciente é portador de doença renal crônica, nas fases intermediárias para avançadas, o nível de eritropoetina cai. Desta forma, ele começa a apresentar os clássicos sinais de anemia: fadiga, sonolência, mal-estar, falta de concentração e palidez.
A doença renal policística é uma doença genética, causa frequente de doença renal crônica terminal (que levam os pacientes à diálise). Nesta doença, os rins ficam cheios de cistos, que contêm líquido ou até sangue. Os rins vão crescendo e preenchendo todo o abdome, causando desconforto e compressão de outros órgãos. Em outubro de 2021, os Hospitais da Universidade de Oxford relataram que o paciente Warren Higs foi submetido a uma cirurgia para a retirada dos dois rins, que pesavam juntos 35 kg! O maior peso já relatado.
Os rins estão localizados na porção posterior do abdome e suas extremidades superiores estão localizadas na altura dos arcos costais mais inferiores (10ª a 12ª costelas torácicas). O rim direito quase sempre é menor e está situado um pouco abaixo do rim esquerdo.
É por isso que pressão alta deve ser preferencialmente tratada pelo nefrologista! É nos rins onde tudo começa. O rim desempenha um papel central na regulação da pressão arterial. O controle, feito pelo rins, do volume de líquido do corpo e da pressão de perfusão renal (que é o quanto de sangue chega ao rim) estão intimamente envolvidos na manutenção da circulação arterial e da pressão sanguínea. A pressão de perfusão da artéria renal regula diretamente a excreção de sódio - um processo conhecido como natriurese por pressão - e influencia a atividade de vários sistemas, como o sistema renina-angiotensina-aldosterona. Além disso, qualquer dano ao rim ou à vasculatura renal comumente levam a formas secundárias de hipertensão.
Dra. Caroline Reigada
Médica nefrologista, especialista em medicina interna pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e em nefrologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Também é especialista em medicina intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira. Formada pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro, atualmente é médica do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Instagram: @dracaroline.reigada.nefro
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