Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs) fazem mal à saúde e têm atraído jovens
Redação Publicado em 31/05/2022, às 18h00
Eles são mais conhecidos como cigarros eletrônicos, vapes, pods, e-cigs e pen-drives, mas, oficialmente, são chamados de Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs). Apesar de proibidos no Brasil desde 2009, eles são bastante utilizados no país, especialmente por jovens, que veem nesses produtos alternativas mais seguras que o cigarro tradicional, o que não é verdade.
Veja, a seguir, alguns mitos comuns sobre os reais efeitos dos cigarros eletrônicos à saúde.
FALSO – Apesar de terem sido lançados com esse apelo de que ajudariam muita gente a largar o cigarro comum, isso nunca foi realidade. A maioria dos dispositivos envolve nicotina, substância que faz do tabagismo um hábito difícil de ser eliminado. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a prevalência de uso desses dispositivos parece já causar impacto no uso de cigarros industrializados, já que existe uma estabilidade na proporção de fumantes jovens adultos (de 18 a 24 anos), de cerca de 10%, entre 2013 e 2019.
FALSO – Quem sofre de DPOC não pode usar cigarro eletrônico de maneira nenhuma. Segundo ele, vários estudos comprovam que os dispositivos podem provocar irritação brônquica e inflamação.
FALSO – Apesar de não expor o usuário ao monóxido de carbono, uma vez que o aquecimento é por bateria, e não por combustão, o vape gera dependência de nicotina. Alguns modelos inclusive produz dependência mais rapidamente. As partículas ultrafinas emitidas pelos eletrônicos também causam asma e danos ao endotélio (camada que reveste os vasos sanguíneos por dentro) e, assim, aumentam o risco de infarto e AVC (acidente vascular cerebral). Os dispositivos ainda expõem os usuários a substâncias cancerígenas (como formaldeído) e metais pesados (como níquel, chumbo, cádmio, ferro e alumínio).
FALSO – Apesar de proibidos, os cigarros eletrônicos são facilmente adquiridos em lojas, ainda mais pela internet. A Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo informa que cerca de 70% dos usuários, atualmente, tem entre 15 e 24 anos. Os produtos são feitos para atrair os mais novos, já que têm design moderno e colorido, e são oferecidos com sabores adocicados, como chocolate e menta. Muitos desses dispositivos são desconhecidos para adultos, e passam despercebidos no estojo ou na mochila do adolescente.
Fontes: Agência Brasil, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), e Associação Médica Brasileira (AMB).
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