Dados preocupam já que eles têm papel fundamental na disseminação de informações sobre a pandemia
Redação Publicado em 09/04/2021, às 17h30
Em fevereiro, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) realizou uma enquete sobre a vacinação contra a Covid-19 com cerca de 1,4 mil adolescentes e jovens e os resultados preocupam: quase a metade (46%) confia mais ou menos, um pouco ou nem um pouco nas vacinas.
Diante desse levantamento e sabendo do papel importante que esses meninos e meninas desempenham na conscientização sobre a prevenção da Covid-19, o Unicef lançou o chatbox VacinasInfo, uma central de informações sobre as vacinas contra a doença através do WhatsApp e Facebook.
Segundo os pesquisadores, apesar de os jovens não estarem inseridos nos grupos prioritários para a vacinação, todos são peças fundamentais para compartilhar informações seguras e confiáveis em seus mais diversos ambientes de convivência, ajudando a combater as chamadas “fake news” - notícias falsas tanto no online quanto no offline.
Com esse objetivo em vista, a equipe, em parceria com a Viração Educomunicação, criou esse canal para sanar possíveis dúvidas, garantir acesso a um conteúdo de qualidade e aumentar a confiança desse grupo em relação à segurança e eficácia das vacinas contra a Covid-19.
A enquete foi feita por meio da plataforma U-Report e abrangeu adolescentes e jovens brasileiros que falaram sobre suas respectivas percepções a respeito da vacinação e sobre as informações que recebem diariamente.
Vale lembrar que não se trata de pesquisas com um rigor metodológico, e sim consultas rápidas através das redes sociais entre pessoas cadastradas na plataforma. Além disso, o levantamento traz a opinião dos jovens que a responderam e não pode ser generalizada para a população brasileira dessa faixa etária como um todo.
Entre as questões que compunham a enquete estava "Se a vacina estivesse disponível para você agora, o quanto confiaria em tomar?". Dos jovens que a responderam 54% disseram “muito”; 28% “mais ou menos”; 9% “um pouco” e 9% “nem um pouco”.
Mesmo sem confiar totalmente nas vacinas, a grande maioria dos respondentes afirmaram que se vacinariam contra a Covid-19 caso a imunização estivesse disponível para a sua faixa etária (79%). O restante se dividiram entre indecisos (14%) e aqueles que afirmam que não pretendem se imunizar (7%).
Entre os indecisos e os que não querem se vacinar, 34% acreditam que as vacinas não são seguras, 30% disseram não saber o suficiente sobre elas e 10% ouviram boatos negativos como: notícias falsas sobre outras doenças, mortes causadas pelas vacinas, desinformação sobre possíveis efeitos colaterais, informações falsas referente a não comprovação científica da eficácia, notícias não verdadeiras sobre vacinas serem responsáveis por mais mortes que o próprio vírus e por alterarem o DNA humano, além de teorias conspiratórias.
Segundo os respondentes, esses boatos chegaram a eles por meio de redes sociais (48%), pessoas próximas (22%), mídia (17%), conversas entre pessoas da região em que vivem (4%) e outros lugares (9%).
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