Redação Publicado em 30/04/2022, às 08h00
Para quem busca reduzir a gordura corporal, a estratégia envolve gastar mais calorias do que se ingere. Mas como fazer isso de forma saudável? Bem, antes de tudo, vale entender que o peso corporal aferido em uma balança comum é composto pela massa magra (músculos, ossos e órgãos), gordura e água.
Assim, quando falamos de perda de peso saudável, pensamos na redução da gordura corporal e no aumento da massa muscular. Com esse processo de ganho de massa magra e perda de gordura, você pode até não notar uma diferença na balança. Afinal, massa muscular também pesa!
Basta olhar na balança ou no espelho para saber se é necessário emagrecer? Definitivamente não. Avaliar apenas o peso que aparece na balança pode dar uma percepção falsa de que ele está adequado ou elevado.
A endocrinologista e doutora em ciências da saúde pela USP Marina Cunha Pazolini explica que “há pessoas com o peso adequado para altura, mas que apresentam aumento de gordura abdominal e pouca massa muscular, assim como há pessoas musculosas que apresentam um peso mais elevado às custas de massa magra”.
Portanto, mais importante do que ver quais números aparecem ao subir na balança é entender o quanto eles representam de gordura e músculo, principalmente. O peso não é um parâmetro absoluto, pois a pessoa pode perder massa gorda (gordura) e ganhar massa magra (musculatura) e manter o mesmo peso, mas trocou sua composição corporal”, completa.
A avaliação adequada compreende analisar a história da pessoa e lançar mão de critérios como circunferência de cintura e bioimpedância associados ao peso e à altura. Isso porque o aumento da circunferência de cintura está relacionado ao depósito de gordura abdominal e a bioimpedância se relaciona à análise da composição corporal, permitindo estabelecer percentual de gordura e de músculo por meio de corrente elétrica. A altura e o peso determinam o índice de massa corporal (IMC), que é a distribuição de massa por área de superfície do corpo humano.
Mesmo sendo um critério importante e mais conhecido pelas pessoas, a análise isolada do IMC apresenta limitações. “A definição de obesidade mais utilizada é baseada no IMC, que é o peso dividido pela altura ao quadrado, porém esse índice não define exatamente o peso corporal de gordura ou de massa magra (músculo). Pessoas musculosas podem ter IMC elevado, porém não terem excesso de gordura corporal, e pessoas com pouca massa muscular podem ter IMC baixo e ter excesso de gordura corporal”, esclarece Marina.
A médica acrescenta que outro teste que pode ajudar a avaliar adequadamente se o peso está adequado para aquela pessoa é o DEXA, que é o padrão-ouro para avaliação da massa óssea e que também é utilizado na avaliação da composição corporal total, incluindo massa magra e gorda. Esse exame, realizado pelo mesmo equipamento que faz densitometria óssea, quantifica a massa óssea e a composição corporal (de gordura e músculo) por meio da emissão de raios-x de dupla energia.
Mas então, como gastar mais calorias e favorecer a queima de gordura corporal? A seguir, conheça algumas estratégias importantes:
A massa muscular exige muito mais calorias para se manter do que a gordura. Assim, quanto mais músculos você constroi, mais calorias o seu corpo vai gastar.
Os treinos intervalados de alta intensidade são ótimos para elevar o metabolismo, propiciando alto gasto calórico até mesmo horas após o treino.
Adicione-os na sua dieta regular, pois gastamos mais calorias para sua digestão. Alguns deles são: pimenta, chá verde, gengibre, vinagre de maçã, canela e café.
Faça mais trajetos a pé por seu bairro, suba escadas e levante-se a cada 30 minutos para uma caminhada caso trabalhe na posição sentada por muito tempo.
O cortisol, conhecido como hormônio do estresse, favorece o acúmulo de gordura. Que tal praticar meditação ou buscar formas para lidar melhor com o estresse?