A condição é comum e capaz de afetar a qualidade de vida
Redação Publicado em 05/10/2021, às 18h30
Quem nunca sofreu com dor nas costas? A queixa é comum e pode, inclusive, impactar a qualidade de vida. Embora não possamos mudar nossos genes, sexo ou idade, fatores de risco mais conhecidos para dor nas costas, algumas mudanças no estilo de vida podem ajudar. Veja só:
Certos trabalhos e atividades colocam uma pressão maior sobre as costas. Um emprego que envolve viagens longas em veículos automotores, por exemplo, pode ser um fator de risco para o surgimento da dor, já que a pessoa fica períodos prolongados sentada e exposta à vibração.
Além disso, aqueles que trabalham em escritório e passam muito tempo em frente ao computador podem acabar prejudicando as suas costas, independente da idade. Várias outras atividades que envolvem movimentos repetitivos ou que precisam de um esforço físico pesado também contribuem para o surgimento do desconforto.
Os fumantes correm maior risco de apresentar dor nas costas, possivelmente porque o tabagismo danifica os vasos sanguíneos que levam nutrientes para a coluna. As pessoas que fumam também são mais propensas do que seus pares que não fumam a desenvolver dor crônica e incapacitante nas costas.
Um estudo dos EUA descobriu que 36,9% dos fumantes relataram dor nas costas em comparação a 23,5% dos que nunca fumaram.
O peso corporal parece ter pouca relação com a probabilidade de uma pessoa desenvolver dor nas costas. Entretanto, estar acima do peso aumenta o risco de crises se você já tiver problemas com isso.
Confira:
É importante destacar que as razões que explicam esse fato ainda não são claras. Pode ser porque o excesso de peso corporal cause maior estresse na coluna ou porque, na maioria dos casos, estar acima do peso implica na redução de atividade física.
Apesar de crescermos ouvindo para “sentar direito”, especialistas concordam que, na maioria dos casos, a postura por si só – seja ela boa ou ruim –, não irá predispor uma pessoa a dores nas costas e nem protegê-la. Entretanto, é importante dizer que uma má postura pode piorar um desconforto preexistente. Assim, melhorar a mecânica do corpo pode ajudar a aliviar os sintomas e prevenir crises.
Estresse, ansiedade e emoções negativas podem ter associação a uma maior probabilidade de desenvolver dores nas costas. Apesar de não se saber ao certo o porquê, é provável que isso seja explicado pelo fato de dor crônica e depressão compartilharem algumas das mesmas características bioquímicas.
Desequilíbrios nos neurotransmissores serotonina e noradrenalina, por exemplo, desempenham um papel nos transtornos do humor, como depressão, e também estão envolvidos na produção da sensação de dor. Isso poderia explicar por que as pessoas que sofrem de depressão tendem a sentir uma dor mais intensa e duradoura do que outras.
A ansiedade e a depressão também podem sensibilizar uma pessoa à dor. O mesmo pode acontecer com a má qualidade do sono, que costuma acompanhar essas duas condições.
Felizmente, é possível lidar com as influências psicológicas na dor nas costas com a ajuda da terapia cognitivo-comportamental, em que um psicólogo auxilia o paciente a reconhecer pensamentos, comportamentos e sentimentos negativos e a responder de maneira mais positiva.
Fonte: Harvard Health Publishing
Veja também:
O que os pensamentos na hora do tédio dizem sobre a saúde mental?
Sintomas cardíacos que nunca devem ser ignorados
A ansiedade tem impacto na vida sexual?
Ambientes de trabalho tóxicos triplicam o risco de depressão