Redação Publicado em 27/01/2022, às 16h00
Não é difícil conhecer alguém que tenha intolerância à lactose. Ela aparece quando a pessoa não consegue digerir adequadamente alimentos que possuam o açúcar presente no leite, chamado lactose.
Normalmente, quando consumimos esse açúcar, a enzima lactase consegue quebrá-lo em partes menores para que seja absorvido. Porém, um indivíduo intolerante não tem lactase na quantidade necessária para fazer essa quebra. E é a partir daí que surgem os sintomas.
A prevalência da intolerância à lactose pode variar entre as faixas etárias, sendo mais frequente durante o envelhecimento, dependendo também da quantidade de leite e derivados consumidos. No Brasil, aproximadamente 40% dos adultos apresentam a condição.
Os sintomas variam de pessoa para pessoa e de acordo com a quantidade ingerida de lactose. No entanto, eles costumam aparecer entre 30 minutos a duas horas depois da ingestão.
Esses são sintomas muito comuns, pois quando o corpo é incapaz de quebrar a lactose, ela passa pelo intestino até chegar ao cólon. Apesar de a lactose não ser absorvida pelas células que revestem essa região, ela pode ser fermentada e quebrada pelas bactérias que vivem ali, conhecidas como microflora.
Essa fermentação provoca a liberação de ácidos graxos – gases hidrogênio, metano e dióxido de carbono –, cujo aumento pode levar a dor e cólicas estomacais. Geralmente, o desconforto concentra-se ao redor do umbigo e na metade inferior da barriga.
Confira:
Além disso, a sensação de inchaço é causada pelo aumento da água e do gás na região do cólon, o que faz com que a parede do intestino também sofra uma espécie de distensão.
Curiosamente, a quantidade de inchaço e dor não está relacionada à quantidade de lactose ingerida, mas à sensibilidade do indivíduo à sensação de distensão. Portanto, a frequência e a gravidade dos sintomas podem variar.
A intolerância à lactose provoca a diarreia ao aumentar o volume de água no cólon, o que, consequentemente, também eleva o volume e o teor líquido das fezes.
Geralmente, mais de 45 gramas de carboidratos devem estar presentes no cólon para causar diarreia. Para lactose, isso equivale a beber de três a quatro xícaras (cerca de 750 ml a um litro) de leite, assumindo que nenhuma das lactoses seja digerida antes de atingir o cólon.
A fermentação da lactose no cólon aumenta a produção dos gases hidrogênio, metano e dióxido de carbono. Na verdade, em pessoas com intolerância, a microflora do cólon torna-se muito boa em fermentar lactose em ácidos e gases, resultando em um aumento ainda maior da flatulência.
A quantidade de gás produzido pode ser completamente distinta de pessoa para pessoa devido a diferenças na eficiência da microflora, bem como pela taxa de reabsorção de gás pelo cólon.
Esse sintoma pode ser outra indicação de intolerância à lactose, embora seja um sinal muito mais raro do que a diarreia.
À medida que as bactérias no cólon fermentam a lactose não digerida, elas produzem gás metano. Acredita-se que este diminua o tempo que a comida leva para se mover pelo intestino, levando à constipação em algumas pessoas.
Embora os principais sintomas reconhecidos de intolerância à lactose sejam de natureza gastrointestinal, alguns estudos de caso têm relatado outros sinais, incluindo:
No entanto, esses sintomas não foram estabelecidos como sintomas verdadeiros de intolerância à lactose e podem ter outras causas.
Fonte: Healthline
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