61% dos estadunidenses fantasiam com sexo com várias pessoas

Levantamento do Ashley Madison revela que, apesar da alta porcentagem, muitos não compartilham suas fantasias

Redação Publicado em 24/11/2022, às 14h00

Sem o consentimento de ambas as partes, a fantasia sexual pode ser um problema - iStock

Um novo levantamento feito pelo Ashley Madison, um site de namoro para casados, em parceria com a pesquisadora de sexo Zhana Vrangalova, mostrou que dois terços dos estadunidenses (61%) que vivem um relacionamento estável fantasiam em fazer sexo com várias pessoas. 

O relatório intitulado “Unbound Love: Sex, Fantasy, and Desire” (em português, Amor sem limites: sexo, fantasia e desejo) tem como principal objetivo descobrir o que as pessoas estão fantasiando quando o assunto é sexo

Embora o estudo tenha revelado uma alta prevalência de muitas fantasias sexuais, quase metade de todos os entrevistados (47% dos homens e 40% das mulheres) contou que se sentia inseguro em compartilhar suas fantasias sexuais com a parceria.

Segundo Zhana, essa situação não é surpreendente, já que vivemos em uma cultura que continua a estigmatizar muitos desejos e fantasias sexuais, especialmente aqueles que não se encaixam em um padrão de comportamento “aceitável”.

Continua-se a censurar informações e conversas sobre sexualidade de forma mais ampla. Em vez de as pessoas se sentirem confiantes para falarem sobre suas fantasias sexuais com suas parcerias, esse cenário as faz sentir vergonha, culpa e medo”, comentou.

A maioria já teve algum tipo de fantasia sexual

Os resultados revelaram que de 88 a 93% dos homens e 83% das mulheres contaram que experimentaram, pelo menos, uma das fantasias sexuais testadas em algum grau.

Embora a fantasia mais comum tenha sido intimidade, romance e paixão (86%), mais de três quartos deles compartilharam que já fantasiaram sobre algo mais “desapropriado”, como BDSM, não monogamia e sexo com vários parceiros. 

Além disso, 64% das pessoas no levantamento relataram fantasiar sobre novidades sexuais (novas posições, locais, atos e brinquedos), 61% contaram que já pensaram em algo envolvendo outras pessoas (brincadeiras em grupo, troca de parceiros, relacionamentos abertos, ou sexo com indivíduos diferentes) e 43% fantasiaram situações em que há poder e controle, como o BDSM. 

Confira:

Além disso, 26% dos entrevistados confessaram ter fantasiado sobre atos homoeróticos (quando existe atração erótica entre indivíduos do mesmo sexo) ou de gênero. 

O BDSM é uma fantasia igualmente comum em ambos os gêneros, mas os homens parecem ter todas as fantasias com mais frequência.  

Quanto mais jovem, menos tabu

Uma das descobertas da pesquisa é que o estigma associado ao sexo tende a ser gradualmente menor entre uma geração mais jovem (de 18 a 34 anos). Essa faixa etária também é mais propensa a fantasiar sobre novidades (71% vs. 61%), poder , controle e sexo violento (65% vs. 35%), não monogamia (71% vs. 57%) e homoerotismo (42% vs. 20%) do que os grupos com mais de 35 anos.

O levantamento mostrou ainda que os jovens estadunidenses comprometidos sentem-se mais à vontade para compartilhar suas fantasias sexuais (60%) em comparação à faixa etária com mais de 55 anos (47%). Além disso, eles apresentam uma tendência maior de pensar em algum tipo de abertura sexual em seu relacionamento (44% vs. 22%).

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