Acne na idade adulta: por que ela existe e o que fazer?

A acne pode ser frustrante e incômoda, especialmente quando não desaparece após o fim da adolescência. Acredite ou não, as espinhas podem continuar a afetar adultos, não desaparecendo ao longo do desenvolvimento ou até aparecendo pela primeira vez na idade adulta. 

Essa situação pode ser particularmente angustiante para as mulheres, já que são mais propensas a apresentarem acne após os 20 anos em comparação aos homens. Um artigo da Harvard Health Publishing analisou a condição, as consequências e os tratamentos.

O que é acne adulta?

A acne adulta é muito semelhante àquela que aparece na adolescência e, apesar de ser mais comum ao redor da mandíbula e do queixo, ela pode aparecer em qualquer parte do corpo. As opções de tratamento que funcionaram bem na adolescência podem não funcionar tão bem em mulheres adultas devido a fatores como:

• Desequilíbrios hormonais: causados por gravidez, ciclo menstrual, menopausa e contraceptivos orais, por exemplo, podem contribuir para o surgimento da acne, modificando a produção de certos hormônios. Esses hormônios estimulam a fabricação de óleo dentro da pele, promovendo o crescimento de bactérias causadoras das espinhas;
• Estresse: o estresse pode aumentar a produção de substâncias que ativam glândulas oleosas dentro da pele;
• Alimentação: o consumo de laticínios e de alimentos de alta glicemia também está ligado à acne.

Confira:

• Como ajudar adolescentes a lidarem melhor com a acne?
• Como acabar com as espinhas?

Quais os impactos da acne?

A dimensão do sofrimento emocional provocado pela acne varia e, muitas vezes, não está relacionada à gravidade das cicatrizes. Algumas mulheres com espinhas podem sofrer interrupções em suas vidas pessoais e profissionais por temerem a estigmatização nas relações e no emprego.

As cicatrizes podem ser desfigurantes, com alterações permanentes na textura da pele, dificultando a cobertura pela maquiagem. Além disso, a acne pode provocar o aparecimento de manchas vermelhas e escuras que, sem a proteção solar adequada, podem ser agravadas, afetando negativamente a qualidade de vida e a autopercepção.

O pedágio emocional associado à acne pode incluir um risco elevado de desenvolver depressão em comparação às mulheres que não sofrem com o problema. Inclusive, alguns estudos clínicos já mostram que ter acne grave pode afetar negativamente a qualidade de vida tanto quanto doenças de longo prazo, como artrite, diabetes, dor nas costas e asma.

Quais as opções de tratamento?

A acne é uma condição médica, mas só precisa ser tratada se ela ou suas cicatrizes são incômodas e afetam a qualidade de vida. O ideal é sempre consultar um dermatologista para obter as melhores opções disponíveis de tratamento.

O profissional pode prescrever uma combinação de tratamentos tópicos (pele) e orais. Produtos de cabelo e pele também merecem atenção porque podem ser irritantes, entupindo poros ou promovendo uma maior produção de óleo na pele, piorando as espinhas.

Além disso, evite espremer e cutucar a pele para evitar cicatrizes e tente minimizar os estressores emocionais e físicos. Se a acne está causando algum tipo de sofrimento mental significativo, é essencial procurar ajuda de um profissional de saúde mental.

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