Redação Publicado em 24/02/2021, às 18h30
Um novo estudo, publicado recentemente pelo Jornal Americano de Sociologia, mostrou que o bullying nas escolas tende a acontecer entre jovens que são amigos. Ao contrário do que costumamos imaginar, não são crianças com inimizades que tendem a praticar bullying umas com as outras.
Este tipo de ataque é mais comum entre amigos ou conhecidos e tende a ser motivado pelas competições por status social, outras amizades e interesses amorosos. De acordo com o Centro Nacional de Estatísticas Educacionais, cerca de 20% dos estudantes entre as idades de 12 a 18 anos relatam sofrer bullying durante o ano letivo.
O estudo contou com três mil participantes, que foram acompanhados e entrevistados quando estavam no sexto, sétimo e oitavo anos. Após um período, os mesmos participantes foram entrevistados novamente, quando já estavam no oitavo, nono e décimo anos, respectivamente.
Os resultados mostram que, apesar de as escolas oferecerem programas contra a prática de bullying, estes acabam por não ser tão eficientes, justamente por não considerarem a competição por popularidade que existe mesmo dentro do grupo de amigos. Os chamados “valentões” usam a crueldade para ganhar atenção e ainda mais popularidade, mesmo às custas de amigos ou conhecidos próximos.
Durante o estudo, os pesquisadores puderam visualizar uma “rede de agressão”, já que os participantes tiveram que nomear seus amigos, mas também pessoas que foram “más” com eles. Os resultados também apontam que sofrer bullying por parte de um amigo aumenta significativamente os índices de ansiedade e depressão, assim como diminui os níveis de apego à escola.
Estas novas conclusões podem ajudar a melhorar os programas de prevenção ao bullying já implantados nas escolas, assim como ajudar as vítimas a saberem que não estão sozinhas nesse cenário. Afinal, segundo os pesquisadores, os adolescentes nem sempre estão cientes do quão comum é o bullying entre amigos e essa simples descoberta já pode ser tranquilizadora.
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