Redação Publicado em 25/06/2021, às 14h00
Se há uma pergunta que todos estamos nos fazendo é como vai ser a vida pós-pandemia da Covid-19. Como serão os relacionamentos amorosos e sexuais são dúvidas que sempre estão no topo.
Um novo estudo da Escola de Medicina da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, pode dar algumas pistas. Por lá, acreditava-se que a atividade sexual havia caído vertiginosamente nos primeiros meses da pandemia do novo coronavírus. Porém, esta pesquisa descobriu o contrário, que algumas pessoas estavam fazendo mais sexo do que nunca.
Uma pesquisa publicada recentemente no Journal of Internal Medicine apontou qual grupo foi maioria: homens mais velhos com disfunção erétil. Para o autor sênior da pesquisa, Benjamin Davies, professor do Departamento de Urologia do UPMC Hillman Cancer Center, estudar a vida sexual das pessoas é importante, pois contribui para revelar o tecido psicossocial da sociedade.
O estudo mostrou um grande aumento nas vendas de medicamentos para disfunção erétil de uso diário, o que sugere que algumas pessoas estavam fazendo sexo mais espontaneamente do que nunca - com parceiros em casa. Ou seja, eles queriam estar sempre prontos para manter relações.
Em uma revisão de dados, os pesquisadores descobriram que as vendas de medicamentos prescritos para a disfunção erétil de uso diário, como tadalafila - uma droga de ação mais longa projetada para ser tomada diariamente para ajudar na atividade sexual espontânea -, dispararam após março de 2020, quando o país entrou em lockdown. Os cientistas usaram as taxas de vendas dos medicamentos para disfunção erétil amplamente disponíveis como um indicador da quantidade de atividade sexual - e compararam as mudanças nas tendências de vendas antes da pandemia, e depois que ela foi declarada, entre março e dezembro de 2020.
Para verificar possíveis oscilações na venda de medicamentos por outros fatores, como facilidade de acesso às farmácias, os pesquisadores rastrearam a venda de medicamentos urológicos - que não mudou nos meses após a declaração da pandemia. Curiosamente, eles descobriram que, após uma pequena queda nas vendas em março e abril, medicamentos para disfunção erétil tiveram um aumento constante desde então.
Por exemplo, as vendas da já citada tadalafila quase dobraram entre fevereiro e dezembro de 2020. Para os pesquisadores, mudanças nas vendas de medicamentos para disfunção erétil podem indicar problemas importantes e apontar questões no bem-estar geral das pessoas.
É interessante pensar que ao mesmo tempo em que a pandemia pode ter feito muitos casais se separarem, ela pode também ter proporcionado uma aproximação. Resta saber se, a exemplo dos Estados Unidos, pessoas de outros países também tenham aproveitado o isolamento para fazer mais sexo.
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