Pesquisadores concluíram que a atitude dos pais é mais importante que a influência genética quando se trata de ansiedade
Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h27 - Atualizado às 23h56
A pesquisa, realizada por cientistas do Instituto de Psiquiatria, Psicologia e Neurociências do King College London, na Inglaterra, e publicada no American Journal of Psychiatry, contou com cerca de 1.000 famílias com gêmeos idênticos e não idênticos na faixa dos 45 anos e com filhos.
Ao comparar sintomas de ansiedade entre crianças e seus pais e comparar os dados aos dos gêmeos, os pesquisadores puderam examinar o papel de fatores ambientais e genéticos envolvidos na questão, de acordo com reportagem divulgada no site do jornal britânico Daily Mail.
A equipe, liderada por Thalia Eley, concluiu que a convivência é um fator-chave para desenvolver ansiedade, e tem um papel até mais importante que a influência genética. Ou seja: ainda que você seja extremamente ansioso, não quer dizer que seus filhos também deverão ser.
O estudo indica que pais muito ansiosos devem ser orientados para minimizar o impacto de sua ansiedade sobre o desenvolvimento da criança.
Em termos práticos, a autora do estudo sugere que, embora a reação comum dos pais seja a de proteger a criança que está ansiosa, pode ser mais útil apoiá-la a tomar certos riscos. E, se as coisas derem errado, explicar que, se ela tentar de novo, pode ser que dê certo, em vez de incentivá-la a fugir da situação.
Isso, segundo a pesquisadora, pode ajudar a criança a compreender que o mundo é um lugar seguro e que é possível gerenciar situações que inicialmente parecem estressantes.
Se para muita gente administrar a própria ansiedade já é um tormento, imagine ainda ter de administrar a do filho? Por isso, em muitos casos, é preciso buscar ajuda de um especialista.