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Após os 70, quase um terço das mulheres tem vida sexual ativa, diz estudo

Imagem Após os 70, quase um terço das mulheres tem vida sexual ativa, diz estudo

Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h24 - Atualizado às 23h56

Mais da metade dos homens e quase um terço das mulheres com mais de 70 anos têm vida sexual ativa, segundo uma pesquisa britânica publicada no Archives of Sexual Behavior.

Esta é a primeira pesquisa desse tipo a incluir pessoas com idades superiores a 80 anos, segundo os autores, da Universidade de Manchester, na Inglaterra. E, ao contrário do que muita gente pensa, essa população tem vida sexual ativa, sim.

O levantamento, que incluiu mais de 7.000 pessoas de um estudo longitudinal sobre envelhecimento, mostra que 54% dos idosos e 31% das idosas têm relações sexuais pelo menos duas vezes por mês.

O coordenador do trabalho, David Lee, conta que menos de 3% dos entrevistados se recusaram a responder perguntas diretas sobre atividades e problemas sexuais.

Doenças crônicas e autopercepção ruim da saúde pareceram ter impactos negativos mais evidentes para os homens do que para as mulheres, segundo os resultados. Mas elas apresentaram níveis mais altos de insatisfação com a vida sexual do que eles.

Os problemas mais relatados pelas mulheres sexualmente ativas com mais de 70 anos foram dificuldades para alcançar a excitação (32%) e atingir o orgasmo (27%). Entre os homens, a principal queixa foram as dificuldades de ereção (39%).

O estudo também revelou que 31% dos homens e 20% das mulheres acima dos 70 anos continuam a beijar e acariciar com frequência o parceiro ou a parceira.

Entre os que relataram ter tido relações nos três meses anteriores à pesquisa, 1% dos homens e 10% das mulheres disseram ter se sentido obrigados a fazer sexo.

O autor do trabalho espera que os achados ajudem a quebrar preconceitos e estereótipos em relação à sexualidade dos idosos.

Com o envelhecimento da população, nada mais apropriado que um estudo desse tipo. Profissionais de saúde não podem negligenciar a vida sexual dos mais velhos, e precisam, cada vez mais, conhecer melhor as necessidades dessa faixa etária.