Redação Publicado em 18/12/2020, às 11h31
Armando Babaioff fez um desabafo em suas redes sociais, na última quarta-feira (16), sobre as crises de ansiedade que sofreu por conta da pandemia do novo coronavírus.
Em seu perfil do Twitter, o ator lamentou a falta de oportunidades profissionais e socialização.
“Final de um ano difícil, sem trabalho desde março, sem perspectiva, longe dos afetos. Tentando ao máximo ser correto nesse momento. Mas tem horas que não dá, o Brasil parece que não deixa. Faltam duas semanas para acabar esse ano horroroso. Falta pouco. Vai passar. Cês tão bem, né?”, escreveu.
Babaioff continuou dizendo que durante o período, sofreu algumas crises de ansiedade e que teve a sensação de infarto.
“Sudorese, taquicardia, tremedeira, náusea, dor de barriga, tudo ao mesmo tempo. Parecia que estava entrando em curto-circuito. Durou cerca de duas horas. Tive muita insônia durante esse período, perdi o apetite, perdi o interesse pelas coisas, não consegui me concentrar e me sentia culpado por ver pessoas realizando coisas, mas eu não estava com essa disposição. Até que veio a segunda crise um mês depois. Percebi que ela estava vindo e de alguma forma me preparei. Tive auxílio profissional. Respirar e deitar no chão me ajudaram, passava mais rápido. Tive medo e achei que fosse morrer. Todas as crises estavam ligadas ao medo da morte”.
O artista ainda relatou que estava fazendo exercícios físicos para aliviar os sintomas.
“Entendi que precisava jogar essa ansiedade em outro lugar e daí veio a corrida e agora o caiaque, esse dois esportes me deram um foco que eu estava precisando. A vida continua no mesmo lugar, mas depois de uma atividade física as coisas melhoram um pouco. Meu olho e a boca pararam de tremer depois de meses, tive uma crise, mas foi mais branda. Tenho chorado e quando vem a vontade de chorar, eu choro, não seguro, não. Enfim. Tô dividindo aqui com esse pessoal dessa rede louca. Sei lá pra onde isso tá indo. Estamos no mesmo barco”.
Nesse período de março até hoje tive três crises de ansiedade bastante bizarras. Na primeira achei que estivesse infartando. Sudorese, taquicardia, tremedeira, náusea, dor de barriga, tudo ao mesmo tempo. Parecia que estava entrando em curto circuito. Durou cerca de 2 horas.
— Armando Babaioff (@babaioff) December 15, 2020
O caso de Armando confirma que, por mais difícil que seja sair da inércia e praticar uma atividade física quando se está deprimido ou ansioso, o esforço vale a pena.
Dois estudos recentes reforçam a mensagem de que se movimentar com regularidade pode tanto evitar quanto trazer alívio para os sintomas desses transtornos. Segundo um deles, o exercício é eficaz até para quem tem propensão genética à depressão.
Pesquisadores do Hospital Geral de Massachusetts e da Universidade da Califórnia, nos EUA, analisaram dados genéticos e estilos de vida de quase 8 mil pessoas para tirar essa dúvida. E os resultados foram positivos: embora algumas pessoas tenham, mesmo, uma propensão maior a ter sintomas depressivos do que outras, esse risco pode ser neutralizado se elas se mantiverem fisicamente ativas. A conclusão foi descrita no periódico Depression & Anxiety.