Um estudo da Universidade do Sul da Austrália, publicado no The American Journal of Clinical Nutrition, sugere que a deficiência de vitamina D pode aumentar o risco de demência e de acidente vascular cerebral – também conhecido como AVC ou derrame.
Foram analisadas mais de 294 mil pessoas (a maioria mulheres com mais de 60 anos) vivendo no Reino Unido. Usando exames de sangue e ferramentas de neuroimagem, os pesquisadores procuraram associações entre níveis de vitamina D e riscos de demência e de derrame.
Um nível normal de vitamina D no sangue foi definido como, pelo menos, 50 nanomoles por litro (nmol/L), e uma deficiência foi estabelecida como inferior a 25 nmol/L. Com base neste estudo observacional, verificou-se que pessoas com deficiência do nutriente tiveram 54% mais chances de desenvolver demência.
Entretanto, os pesquisadores reconheceram que os resultados ainda não provam que tomar vitamina D extra, mesmo que a pessoa apresente um baixo nível sanguíneo, pode prevenir o surgimento da demência ou de derrame.
A vitamina D ajuda o corpo a absorver cálcio, um dos principais responsáveis pela força dos ossos. Assim, ela ajuda a prevenir a osteoporose, doença que dilui e enfraquece os ossos e aumenta a probabilidade de fratura. Os músculos também precisam dela, assim como os nervos, para transmitirem mensagens entre o cérebro e o corpo. Já o sistema imunológico precisa de vitamina D para combater bactérias e vírus invasores.
Confira:
As quantidades médias diárias recomendadas para cada faixa etária estão listadas abaixo em microgramas (mcg) e Unidades Internacionais (IU):
Fase de vida | Quantidade Recomendada |
---|---|
Do nascimento aos 12 meses | 10 mcg (400 IU) |
Crianças de 1 a 13 anos | 15 mcg (600 IU) |
Adolescentes de 14 a 18 anos | 15 mcg (600 IU) |
Adultos de 19 a 70 anos | 15 mcg (600 IU) |
Adultos de 71 anos e mais velhos | 20 mcg (800 IU) |
Adolescentes e mulheres grávidas e amamentando | 15 mcg (600 IU) |
Poucos alimentos contêm vitamina D. Ela costuma ser adicionada a cereais matinais e a algumas marcas de suco de laranja, iogurte, margarina e outros produtos alimentícios. Peixes gordurosos (como truta, salmão, atum e sardinha), óleos de fígado de peixe estão entre as melhores fontes naturais. Fígado de boi, gema de ovo, cogumelos e queijo contêm pequenas quantidades.
O corpo também produz vitamina D quando a pele é exposta ao sol. A maioria das pessoas obtém pelo menos um pouco dela dessa forma. No entanto, nuvens, poluição, velhice, pele escura e mesmo a resistência de uma janela de vidro reduzem a quantidade de vitamina D absorvida.
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Milena Alvarez
Caiçara e jornalista de saúde há quatro anos. Tem interesse por assuntos relacionados a comportamento, saúde mental, saúde da mulher e maternidade. @milenaralvarez