Bárbara Labres fez um relato difícil sobre o assédio que sofreu no início de sua carreira, nesta quarta-feira (28). A DJ contou, em entrevista à revista
Da Redação Publicado em 28/10/2020, às 10h38
Bárbara Labres fez um relato difícil sobre o assédio que sofreu no início de sua carreira, nesta quarta-feira (28).
A DJ contou, em entrevista à revista Quem, que o empresário que a levou ao Rio de Janeiro se aproveitou de sua fragilidade no momento.
“Ele me elogiou e falou com a minha mãe ao telefone e se responsabilizou pela mudança. Depois de duas semanas no Rio, ele me colocou contra a parede e tentou me agarrar dentro da casa dele. Eu chorava todo dia de saudade da minha família e reforcei que estava aqui para trabalhar. Se fosse para ficar de p******, eu ficaria na minha cidade na aba dos meus pais. Logo depois, ele não forçou nada e me ‘respeitou'”, revelou.
Após a tentativa de assédio, o homem fez pressão para que ela assinasse um contrato.
“Eu disse que não iria porque já tinha visto a forma que ele tratava as pessoas, e não era o que eu queria para mim. Ele disse ‘se você não trabalhar com a gente, não trabalha com ninguém porque a gente manda no Rio de Janeiro’. Falei ‘Você vai ver’. Ralei e consegui chegar onde estou”.
Infelizmente, histórias como a de Bárbara são muito comuns, e mudar algo que está tão arraigado na cultura depende de educação. Como fortalecer essas garotas e mostrar a importância dessa mudança de conduta de forma clara para os garotos? Como se investe nos jovens para eles sejam melhores homens e mulheres no futuro?
Se garotos entenderem limites, desde cedo, e souberem respeitar direitos e espaço das garotas, possivelmente teríamos muito menos problemas com assédio e violência contra as mulheres no futuro. Em paralelo, garotas que aprendem a identificar riscos, problemas, condutas impróprias e sabem como proceder nessas situações também passam a ter voz mais ativa nessas relações.
Essas mudanças se fazem com escolas antenadas e dispostas a discutir a fundo essas questões, e com pais e mães que evitem reforçar estereótipos e garantam diálogo com seus filhos. Por isso, trabalhar com sexualidade e gênero de forma ampla e estruturada é medida urgente!
* Do blog do Jairo no UOL
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