Doutor Jairo
Leia » Bullying

BBB21: Camilla de Lucas já sofreu bullying; entenda as consequências

Camilla conta que tudo começou após mudar de escola - Reprodução / Globo
Camilla conta que tudo começou após mudar de escola - Reprodução / Globo

Redação Publicado em 09/03/2021, às 11h48

Na última segunda-feira (8), Camilla de Lucas se reuniu com alguns participantes do BBB21 para falar sobre sua infância. A influencer contou que, quando adolescente, teve que mudar de escola para fazer o colegial e, nesse novo lugar, sofreu muito bullying.

"O bullying lá era pesado. Eles encostavam em mim, pegavam no meu cabelo, atacavam coisas em mim", relembrou ela. "Teve um dia que meus dois amigos faltaram e eu tive que comer sozinha. Tive que ficar dando voltas na escola pra ninguém mexer comigo, porque se não, eles vinham pra cima mesmo".

"Foi muito marcante para mim. A coisa mais marcante da minha vida. Hoje eu me tornei tudo o que eu queria ter me tornado naquela época. Até conversei com a psicóloga no além porque eu sempre tive uma dúvida, se eu me tornei assim por conta do que aconteceu ou se eu sempre fui assim", contou Camilla: "Ela disse que eu sempre fui assim. Meus pais me ensinaram a me defender e minha mãe é assim até hoje".

O que caracteriza o bullying?

Bullying é um fenômeno comum. É a soma diária e repetida de ações violentas (físicas e emocionais), de intimidação, de exclusão, de humilhação, que visam desestabilizar e isolar a vítima. Bullying vem do termo inglês “bully” que é usado para designar o valentão, o brigão, aquele que quer mandar. Bullying tem tudo a ver com um jogo de poder e de dominação. 

Três observações importantes sobre o bullying:

1- Ele produz um tremendo impacto na vítima, que pode ter sua saúde mental abalada, queda no rendimento, dificuldades de relacionamento, quadros ansiosos, depressivos e maior risco de comportamentos auto-agressivos, inclusive com risco de suicídio.

2- O bullying é praticado, muitas vezes, por agressores que já foram vítimas de violências físicas e psíquicas em sua história pessoal (pais agressivos, preconceitos, discriminação e exclusão social). Assim, se forma um ciclo em que vítimas podem ser transformar em agressores e assim sucessivamente. Isso não justifica e nem atenua o bullying, mas pode apontar caminhos para interrompê-lo.

3- Não existe só agressor e vítima no bullying. Existe um terceiro elemento muito importante, a plateia, que assiste calada ou até aplaude as agressões e que acaba, mesmo involuntariamente, autorizando o agressor a seguir seu caminho. Ele joga para seu público cativo para se afirmar e tentar manter sua liderança. A vítima é o que menos importa nessa história, ela passa a ser apenas o “meio” que justifica os “fins”. Por isso, para desarmar e evitar uma situação de bullying em uma sala de aula, por exemplo, os três elementos (agressor, vítima e plateia) têm que ser trabalhados.