Após aumento do imposto sobre as vendas de álcool, Estado norte-americano teve uma redução de 24% nas taxas de gonorreia
Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h35 - Atualizado às 23h55
A equipe analisou o caso do Estado de Maryland, que aumentou de 6 para 9% o imposto sobre as vendas de álcool, em 2011. Segundo os pesquisadores, a medida levou a uma redução de 24% nas taxas de gonorreia.
Para atribuir os efeitos, a equipe comparou a incidência de DSTs de Maryland com a de outros 13 Estados que não fazem fronteira e que não aprovaram aumento nos impostos de bebidas na mesma época.
A análise mostrou que houve 2.400 casos a menos de gonorreia nos 18 meses seguintes à elevação dos preços. Em artigo publicado no periódico American Journal of Preventive Medicine, os autores explicam que o impacto é comparável ao de medidas como a distribuição de camisinhas. Só que, no caso do aumento de impostos, o Estado não gasta, e ainda aumenta sua receita.
Por que a medida não teve efeito nos números de outras doenças, como a clamídia, por exemplo? Segundo os pesquisadores, por que essa e outras DSTs podem ser assintomáticas ou apresentar sintomas mais leves do que a gonorreia. Esta última doença também costuma ser mais concentrada, e por isso é mais fácil avaliar a influência de pequenas mudanças, como a redução no consumo de álcool.