Da Redação Publicado em 20/10/2020, às 16h58
Benjamin Damini comemorou a mudança de nome e gênero em sua certidão de nascimento, nesta terça-feira (20).
O ator, que contou sobre sua transição de gênero em setembro deste ano, exibiu o documento, registrado em um cartório de Sorocaba, no interior de São Paulo, no dia 7 de julho de 2020, com as novas informações.
“Quando retifiquei meu nome para dizer que está liberado fazer meu mapa astral”, brincou.
Anteriormente, o artista relatou como foi o processo de aceitação desde a infância até atualmente, passando por momentos de depressão profunda e o uso de remédios fortes.
“Aos 21 anos, renasci Benjamin. Sem agressividade. Sem depressão. Sem remédios. Me perdoa por não ter te aceitado antes”, escreveu ele.
Para muitos transsexuais, a questão do nome e gênero na certidão de nascimento é um passo muito importante a ponto de alguns considerarem uma nova data de nascimento.
As informações que estão descritas no documento original podem ser consideradas um peso e geram incômodo. A partir do momento que o nome social passa a ser registrado, é perceptível uma redução significativa de sofrimento psíquico quando o processo é concluído.
Um estudo da Universidade do Texas, em Austin, nos Estados Unidos, mostra que quando esse nome é aceito por quem convive com os adolescentes transgênero, seja em casa, na escola ou no trabalho, a propensão desses jovens à depressão e ao suicídio cai drasticamente.
Os pesquisadores compararam os indivíduos que eram chamados pelo nome que escolheram e os que continuavam a ser tratados pelo nome atribuído após o nascimento. A diferença foi clara: o primeiro grupo relatou 71% menos sintomas de depressão severa, 34% menos pensamentos sobre suicídio e 65% menos tentativas de suicídio.
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