Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h22 - Atualizado às 23h57
Você vive buscando dietas ou dicas para emagrecer na internet? Tome cuidado. Um estudo mostra que duas a cada cinco pessoas fazem isso, e que a maioria dos links encontrados pode fazer as pessoas perderem apenas tempo ou dinheiro, e até ganharem peso.
Cerca de 2,1 bilhões de pessoas em todo o mundo sofrem com excesso de peso – não é à toa que o emagrecimento virou um grande negócio. No Brasil, a proporção já passa dos 50%.
De acordo com o estudo, publicado no Journal of Medical Internet Research e noticiado no jornal britânico Daily Mail, os piores links são os apresentados em primeiro lugar nas buscas do Google – sites que oferecem dietas e suplementos de qualidade questionável.
O autor do estudo, o pesquisador François Modave, da Universidade Estadual de Jackson, no Mississipi (EUA), alerta que os primeiros resultados recebem cerca de 90% de todos os clicks.
Para fazer a pesquisa, ele e sua equipe contaram com voluntários interessados em perder peso. Eles usaram termos como “perda de peso” ou “emagrecer” e deixaram o Google completar as buscas. Ao todo, foram feitas 30 diferentes consultas e os primeiros links quase sempre foram clicados. Os pesquisadores, então, avaliaram o conteúdo de cada site acessado com base em pareceres médicos.
Os sites relacionados a governos ou universidades apresentaram os conteúdos de melhor qualidade. No entanto, apenas um quinto dos sites teve mais de 50% de acertos, ou seja, trazia conteúdo com mais da metade das informações corretas. Outra crítica do grupo é que a maioria dos sites focava apenas em um elemento para a perda de peso, como dieta ou exercícios.
Para Modave, instituições governamentais e acadêmicas devem tomar providências para tornar seus sites mais fáceis de serem encontrados nas buscas. E os consumidores devem ser mais críticos e desconfiar de promessas milagrosas para emagrecer.