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Calistenia full body: aposte no treino para o corpo todo no fim de ano!

Treino full body é aquele que usa exercícios para o corpo todo em uma única sessão - iStock
Treino full body é aquele que usa exercícios para o corpo todo em uma única sessão - iStock
Fausto Fagioli Fonseca

por Fausto Fagioli Fonseca

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Publicado em 30/12/2024, às 09h00

A calistenia é um método de treinamento que usa apenas o peso do corpo para fortalecer os músculos. Esse treino pode ser feito em qualquer lugar, já que não exige o uso de aparelhos, anilhas ou halteres.

Nesse contexto, a calistenia full body, ou treino para o corpo todo, significa trabalhar todos os músculos de uma vez só em uma única sessão. Ao contrário de treinos isolados, que focam em músculos específicos, o full body visa o fortalecimento global.

“A calistenia é muito versátil em relação a lugares para treinar. Em casa, por exemplo, você pode utilizar cadeiras, sofás e objetos estáveis para realizar alguns exercícios", explica Júnior Britto, professor de educação física e ginástica artística.

Calistenia full body: ideal para treinar todos os grupos musculares

Uma das grandes vantagens da calistenia é que ela pode ser praticada por iniciantes, mesmo por pessoas que nunca treinaram musculação ou outras atividades resistidas. De acordo com Júnior Britto, quem está começando deve focar nos exercícios mais simples e sempre prestar atenção à postura correta. É importante frisar que, para sentir os benefícios da calistenia, a recomendação é de treinar entre três e quatro vezes por semana.

Os principais exercícios da calistenia são os compostos, como flexões, agachamentos, barras e pranchas, que recrutam diversos músculos do corpo ao mesmo tempo. Além disso, o único equipamento essencial é o peso corporal, o que torna esse método altamente acessível. “Embora o peso do corpo seja suficiente para um treino completo, acessórios como argolas, barras paralelas ou fixas podem ser úteis”, complementa Júnior Britto.

Como adaptar a calistenia full body para o fim de ano?

Você pode fazer treinos curtos, de alta intensidade, que exigem pouco tempo e espaço. Veja algumas dicas para manter os treinos em dia:

1. Treinos curtos e eficientes

Você pode realizar treinos de 20 a 30 minutos, mas com maior intensidade. A ideia é trabalhar o corpo todo em um curto espaço de tempo, garantindo um treino eficiente e completo, mesmo quando o tempo é escasso. Realizar um circuito de calistenia, com poucos minutos de descanso entre as séries, é uma excelente forma de otimizar seu treino.

2. Variedade de exercícios

A calistenia oferece uma grande variedade de exercícios, e você pode adaptá-los de acordo com o seu nível de condicionamento físico. Se você está começando, pode iniciar com agachamentos simples e flexões com joelhos no chão, e gradualmente incluir movimentos mais desafiadores, como agachamentos com salto e flexões completas.

3. Treinos em circuito

O treino em circuito é uma ótima opção para quem tem pouco tempo, pois permite treinar o corpo todo de forma intensa e rápida. Um exemplo de circuito seria:

  • 15 flexões
  • 20 agachamentos
  • 30 segundos de prancha

Repita o circuito de 3 a 4 vezes, com 1 a 2 minutos de descanso entre cada rodada.

4. Exercícios de baixo impacto

Para quem não quer sobrecarregar as articulações ou está começando, a calistenia oferece alternativas de exercícios de baixo impacto. Exemplos incluem agachamentos sem salto, flexões no joelho e pranchas modificadas. Esses movimentos ainda recrutam vários grupos musculares e proporcionam benefícios significativos para o corpo.

26 exercícios de calistenia full body

A seguir, separamos 26 exercícios de calistenia que podem ser praticados em qualquer lugar e que servem para fortalecer todo o corpo. Lembrando que essa é apenas uma seleção de exercícios e não um treino completo. Para obter orientação adequada sobre quais exercícios escolher para a sua rotina de exercícios, consulte um profissional da educação física.

Pernas e glúteos

1. Agachamento frontal livre

Esta variação é a mais simples e tradicional, proporcionando um movimento completo. Pode ser feita em casa, sem o uso de pesos, apenas focando na movimentação completa. Se achar fácil, utilize isometria, mantendo os joelhos flexionados e fixos a 90° por alguns segundos antes de realizar o movimento completo.

agachamento frontal

2. Agachamento sumô

É similar ao agachamento livre, mas nele as pernas ficam mais abertas, os pés levemente apontados para os lados. O nome vem da posição mais aberta das pernas, similar à de um lutador de sumô.

sumô

3. Afundo

Nestes tipos de agachamento o exercício é feito de forma unilateral, ou seja, com apenas uma das pernas à frente e a outra atrás. Enquanto a da frente se flexiona, a de trás serve para dar equilíbrio. Exige mais equilíbrio e é capaz de oferecer um treino mais direcionado ao desenvolvimento dos músculos das coxas.

afundo

4. Agachamento búlgaro

Similar ao agachamento unilateral, este exercício é feito com a perna de trás apoiada em algum objeto elevado, como uma cadeira. Não precisa, necessariamente, de peso extra, pois só o fato de uma perna estar elevada atrás já torna o movimento mais complexo e difícil, sendo um ótimo exercício para fazer em casa ou em parques.

agachamento búlgaro

5. Agachamento estático ou isométrico

O objetivo aqui é tornar o movimento mais difícil ao permanecer na posição de 90 graus do agachamento por alguns segundos. Pode ser feito com as costas encostadas na parede, mas também sem apoio. Experimente ficar 30 segundos na posição de agachamento e depois faça repetições do movimento completo.

agachamento isométrico

6. Agachamento com salto

Aqui, o movimento de agachamento é feito de forma tradicional, mas é seguido de um salto vertical na fase de subida, criando maior dificuldade. Oferece maior gasto calórico por conta dos saltos, além de trabalhar a explosão no momento da subida.

agachamento com salto

7. Agachamento cossaco

Este também é um agachamento unilateral, mas feito com as pernas paralelas. Enquanto uma faz a flexão de um lado, a outra se estica. É feito com movimentos alternados.

cossaco

8. Saltos na caixa

Os exercícios de saltos, também chamados de pliométricos, como os pulos em caixas, exigem muito da musculatura das pernas e dos glúteos durante todo o movimento. Comece com uma altura baixa e aumente gradativamente.

salto na caixa

9. Flexão plantar unilateral

É ótimo para as panturrilhas! Em pé, apoie-se em uma parede e equilibre-se em um dos pés. Faça o movimento de subir e descer sem encostar o calcanhar no chão e alterne a perna. Se achar o movimento muito difícil, você pode fazê-lo com as duas pernas ao mesmo tempo.

elevação da panturrilha

10. Elevação sóleo

Fique de cócoras, apoiando-se apenas na ponta dos pés. Então, faça o movimento de levantamento usando apenas a parte dos dedos. Se achar difícil, use um apoio.

elevação das panturrilhas

Peito, tríceps e ombros

11. Flexão com as pernas apoiadas

É indicada para praticantes iniciantes, pois o apoio das pernas facilita o movimento de flexão dos braços, tornando o processo de descer e subir mais fácil. Evite curvar a coluna, o movimento deve ser feito apenas com os braços.

flexão com joelhos apoiados

12. Flexão tradicional

Aqui, sem o apoio dos joelhos, a dificuldade aumenta. Este exercício é um dos mais usados para fortalecer os músculos peitorais e tríceps, mas também ativa os músculos dos ombros.

flexão tradicional

13. Flexão de braço inclinada

Você pode apoiar os pés em um banco fixo ou qualquer objeto elevado, ficando com o corpo inclinado em relação ao chão. Esse movimento trabalha, sobretudo, a área superior do peitoral e também o tríceps, além dos ombros.

flexão inclinada

14. Barras paralelas

Esse exercício exige duas barras elevadas e paralelas para ser executado ou então objetos similares que cumpram a mesma função, como dois bancos bemfixos. Ativa tanto peitoral quanto tríceps e um pouco das porções frontais e laterais dos ombros.

barras paralelas

15. Flexão Typewriter 

Typewriter, em poruguês, significa máquina de escrever. O nome vem do movimento que é feito com os braços, que se alternam na posição de flexão: enquanto um estica à frente, o outro é flexionado próximo ao corpo. Se achar difícil, use os joelhos como apoio. Ativa principalmente os músculos dos ombros, mas também peito e tríceps.

flexão typewriter

16. Flexão declinada

Aqui, fica-se numa posição de inclinação com relação ao chão, apoiando os braços em uma barra fixa ou até em uma mesa. Recruta a região inferior do peitoral, além de ombro e tríceps.

flexão declinada com apoio

17. Flexão fechada

Com os braços mais fechados e próximos ao tronco, este exercício exige maior força dos músculos do tríceps e da parte interna do peitoral, além dos ombros.

flexão fechada

18. Flexão de braço com impulsão 

Esta é uma variação de flexão mais avançada e exige prática. O movimento de flexão é igual ao da flexão comum, porém, na parte do movimento em que os braços ficam esticados, é dada uma impulsão para cima de forma a bater as palmas das mãos. Depois volta-se para a posição inicial e realiza-se o movimento de flexão novamente.

flexão com impulsão

19. Tríceps no banco

Este movimento ativa os tríceps de forma concentrada e pode ser feito em qualquer banco fixo ou objeto similar que permita a amplitude total do exercício. Os ombros também são exigidos indiretamente.

tríceps no banco

20. Flexão de cabeça para baixo

É um movimento complexo e indicado para atletas mais avançados. Usar uma parede como apoio vai ajudar. O exercício é feito com a flexão dos braços até quase encostar a cabeça no chão e ativa sobretudo os músculos dos ombros e dos tríceps.

flexão de cabeça para baixo

21. Encolhimento na barra fixa

Na barra, com os braços esticados, faça um movimento de encolhimento do trapézio, aquele músculo entre ombros e pescoço. Não dobre os braços! É um exercício mais isolado, focado no músculo dos ombros.

encolhimento na barra

Costas e bíceps

22. Barra fixa

A barra fixa pode ser feita com diferentes pegadas e amplitudes dos braços. As barras são normalmente encontradas em parques ou podem ser adquiridas e fixadas em casa. A pegada mais aberta, com as mãos voltadas para a frente, estimulam mais os músculos das costas, mas os dos bíceps também são ativados.

A barra fixa é um dos principais exercícios de calistenia para as costas

23. Barra australiana (remada na barra)

O movimento é similar ao da barra fixa, mas mais próximo ao solo. O corpo fica numa posição mais horizontal e as pernas apoiadas no chão. Use a pegada aberta e pronada (palmas da mão para fora). O movimento pode ser feito em uma mesa bem firme, por exemplo.

barra australiana

24. "Nado" no solo

Você já pensou em “nadar” no chão? Neste exercício, basta deitar-se com a barriga no chão e fazer um movimento similar ao nado peito, usando apenas a força dos braços para ir à frente. É importante estar de camiseta, para que o corpo deslize com mais facilidade. Lembre que o importante aqui é usar a força das costas para se mover.

remada no solo

25. Remada bíceps

Similar à remada na barra, porém, com os braços juntos e a pegada supinada (palmas da mão para dentro), de forma a ativar mais os músculos do bíceps.

remada para bíceps

26. Barra fixa pegada fechada

O exercício de barra fixa é um dos mais comuns para treinar a região das costas e dos bíceps. Aqui, com a pegada fechada, há maior ativação dos braços, mas as costas também são trabalhadas.

barra fixa pegada fechada

Fausto Fagioli Fonseca

Fausto Fagioli Fonseca

Formado em jornalismo e pós-graduado em jornalismo esportivo, atua na área de esportes e saúde desde 2008. @faustoffonseca