Entidade diz que Tinder e Grindr aumentam o risco de doenças pois tornam o sexo casual tão fácil de ser obtido quanto uma pizza
Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h32 - Atualizado às 23h56
Por isso, a Aids Healthcare Foundation lançou uma campanha, em Los Angeles, nos Estados Unidos, para chamar atenção dos usuários sobre o risco de se contrair gonorreia e clamídia. De acordo com a entidade, o aumento na ocorrência dessas DSTs coincide com a crescente popularidade dos aplicativos.
Embora os encontros promovidos sejam breves e, em muitos casos, até anônimos, as DSTs podem ter efeitos duradouros sobre a saúde de uma pessoa, além de incentivar epidemias em certas comunidades.
Além de lembrar de usar a camisinha desde o início da relação sexual, e inclusive no sexo oral, é importante se submeter a exames regulares para diagnosticar possíveis problemas. Mesmo com o uso do preservativo, ter múltiplos parceiros sexuais pode aumentar o risco de adquirir uma DST, bem como transar sob influência de álcool ou drogas.
No Estado norte-americano de Rhode Island, por exemplo, houve um aumento de 79% nos casos de sífilis, 30% de gonorreia e 33% nos registros de HIV de 2013 para 2014. E, segundo a entidade, os números seguem uma tendência nacional – um estudo com homens gays de Los Angeles demonstra o aumento de DSTs entre usuários de aplicativos de encontros.
O Tinder já solicitou a retirada dos outdoors da campanha, segundo o jornal LA Times. E o Grindr afirma que conta com anúncios que estimulam a realização de testes médicos, além de ter parcerias com organizações voltadas à promoção de saúde.