Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h24 - Atualizado às 23h56
Antes do Carnaval, alertas contra os riscos de se beber em excesso ou de beber e dirigir tornam-se mais frequentes. Mas, segundo um estudo realizado no Reino Unido, apontar as vantagens de ficar sóbrio seria mais eficiente para convencer as pessoas a beberem menos.
O trabalho, publicado no British Journal of Health Psychology, concluiu que estudantes universitários eram mais propensos a reduzir seus níveis de consumo de álcool quando orientados sobre as vantagens de não beber, como guardar mais dinheiro e ter mais saúde.
Eles também apresentam uma tendência menor ao “binge drinking”, ou seja, consumir grandes quantidades de álcool em pouco tempo, quando recebiam orientações práticas para beber menos, como, por exemplo, dar preferência aos amigos que ajudam a manter o controle.
A pesquisa, realizada na Universidade de Sussex com a coordenação de Dominic Conroy, acompanhou 211 estudantes com idades entre 18 e 25 anos ao longo de um mês, que receberam orientações diferentes.
Aqueles que foram estimulados a pensar nas consequências positivas de não beber reduziram o consumo semanal de 20 para 14 unidades, em média. E os que foram incentivados a imaginar estratégias para evitar o álcool reduziram a frequência dos episódios de “binge” de 1 para 0,7 por semana.
Para Conroy, as campanhas precisam ser simples, mas também ajudar as pessoas a realizar mudanças de comportamento que muitas vezes envolvem “ir contra a corrente”, como periodicamente deixar de beber mesmo quando todos em volta estão consumindo álcool.