Redação Publicado em 10/12/2020, às 12h38
O Canadá aprovou a vacina da Pfizer BioNTech nesta quarta-feira (9) e espera iniciar a vacinação no país já a partir da semana que vem, antes mesmo dos norte-americanos. A Pfizer é uma companhia sediada nos EUA, e a BioNTech é alemã. O FDA, agência que regula medicamentos norte-americana, deve anunciar oficialmente sua autorização para a vacina nesta quinta-feira (10), segundo reportagem da BBC. E no Brasil, o Ministério da Saúde já sinalizou que tenta um acordo com a Pfizer. [caption id="attachment_12998" align="aligncenter" width="1024"] Reino Unido, China e Rússia já Crédito: iStock[/caption]
A vacinação com o imunizante da Pfizer e BioNTech já começou no Reino Unido, país onde a aprovação teve caráter emergencial. Foi divulgado hoje que dois funcionários do NHS, o sistema de saúde britânico, sofreram reações alérgicas à vacina, mas foram tratados e estão bem. Apesar disso, a agência britânica divulgou que pessoas com histórico de alergias a alimentos, vacinas e remédios devem evitar a imunização. No Canadá, a agência regulatória informou que apenas pessoas com alergia conhecida aos componentes da vacina deverão evitá-la. O país adquiriu um total de 76 milhões de doses da Pfizer. O primeiro-ministro canadense Justin Trudeau diz que toda a população deve ser vacinada até setembro do ano que vem.
Ao ser questionado sobre o fato de ter aprovado a vacina antes do FDA, a diretora médica da Health Canada Supriya Sharma respondeu: “Nós simplesmente somos melhores”. China e Rússia também já iniciaram a vacinação contra Covid-13, com imunizantes produzidos por companhias de seus respectivos países. O primeiro país usa em caráter emergencial vacinas da CanSino Biologics, da Sinopharm e da Sinovac (Coronavac). O imunizante russo chama-se Sputnik V (o que foi interpretado como uma clara referência à corrida espacial). A Pfizer BioNTech, a Moderna (outra companhia norte-americana) e a Rússia já anunciaram resultados preliminares de eficácia das vacinas superior a 90%, mas esses dados ainda não foram publicados em periódicos científicos. A vacina produzida pela Oxford em parceria com a AstraZeneca publicou, na revista médica The Lancet, que o imunizante tem eficácia de 70%. Mas ainda há dúvidas sobre a dosagem mais adequada e sua eficácia na população mais idosa. Também nesta quarta-feira, foi anunciado que a vacina da estatal chinesa Sinopharm, que tem parceria com o Instituto Wuhan de Produtos Biológicos, tem uma eficácia de 86%. A divulgação foi feita pelo Ministério da Saúde dos Emirados Árabes Unidos, país que participou dos testes. No Brasil O produto da Oxford e AstraZeneca vinha como a principal aposta do presidente Jair Bolsonaro, mas ainda não há previsão para que o imunizante receba o aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Mas o Ministério da Saúde afirmou, hoje, que o Brasil pode ter a vacina da Pfizer ainda este ano se a farmacêutica conseguir uma autorização emergencial junto à Anvisa e providenciar as doses. Os resultados de eficácia da vacina Sinovac, que tem uma parceria com o Instituto Butantan (SP), ainda não são conhecidos. Mas o governador de São Paulo João Doria já divulgou que as primeiras doses devem ser aplicadas já em janeiro. Vale lembrar que a vacina da Pfizer BioNTech precisa ser armazenadas a temperaturas extremamente baixas, o que poderia inviabilizar a imunização em determinadas partes do Brasil. Leia mais:Covid-19 só vai diminuir se o comportamento mudarSedentarismo aumentou com Covid-19 e isso pode gerar mais mortes, alerta estudo