Segundo o Inca, o Brasil deve registrar 16.710 novos casos de câncer de colo do útero no triênio 2020/2022
Redação Publicado em 15/03/2022, às 10h00
O Ministério da Saúde alerta para o Março Lilás, campanha de prevenção e controle do câncer de colo de útero. A ideia é estimular que as mulheres conheçam as principais formas de cuidado e que estejam atentas para sinais e sintomas desse tipo de câncer, que é o terceiro mais frequente entre a população feminina (atrás do câncer de mama e de colorretal), e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o Brasil deve registrar 16.710 novos casos de câncer de colo do útero no triênio 2020/2022.
Também chamado de câncer cervical, o câncer do colo do útero é causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano - HPV, os chamados de oncogênicos. Eles são sexualmente transmissíveis e podem causar lesões na vagina, colo do útero, pênis e ânus. Em alguns casos, ocorrem alterações celulares que podem evoluir para o câncer.
Felizmente, essas alterações são descobertas facilmente no exame preventivo – conhecido também como Papanicolau – e são curáveis na maioria dos casos. Por isso, é importante a realização periódica do exame preventivo.
Confira:
O câncer do colo do útero é uma doença de desenvolvimento lento, que pode não apresentar sintomas na fase inicial. Nos casos mais avançados, pode evoluir para sangramento vaginal intermitente ou após a relação sexual, secreção vaginal anormal e dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais.
A American Cancer Society (ACS) relata que a taxa de sobrevida global em cinco anos do câncer do colo do útero é de 66%. Esse número salta para 92% quando o câncer é detectado nos estágios iniciais. O tratamento torna-se mais complicado quando o câncer está mais avançado. Dependendo do estágio da doença, a pessoa pode precisar de cirurgia, radioterapia, quimioterapia, imunoterapia ou uma combinação de tratamentos.
A principal forma de prevenção é a vacina contra o HPV, disponível para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, em todas as Unidades de Saúde da Família, podendo prevenir 70% dos cânceres de colo do útero e 90% das verrugas genitais.
Outra forma de evitar a doença é diminuir o risco de contágio pelo HPV, que ocorre por via sexual, com o uso de preservativos durante a relação. Além disso, o exame preventivo deve ser feito periodicamente por todas as mulheres após o início da vida sexual, pois é capaz de detectar alterações pré-cancerígenas precoces que, se tratadas, são curadas na quase totalidade dos casos, não evoluindo para o câncer.
*Texto baseado nas informações do Ministério da Saúde
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