O câncer de intestino é um dos mais comuns no Brasil e no mundo. Na maioria das vezes, afeta o intestino grosso, sendo chamado também de “câncer colorretal”. Segundo a American Cancer Society (Sociedade Americana para o Câncer), cerca de 1 em 25 mulheres e 1 em 23 homens devem desenvolver essa doença ao longo da vida. No nosso país, é o tipo mais incidente na população após os cânceres de pele não melanoma, de mama e de próstata.
A incidência desse tipo de câncer em pessoas com menos de 50 anos, como é o caso da cantora Preta Gil, diagnosticada nos últimos dias, vem aumentando. Uma das hipóteses, segundo os especialistas, é que esse crescimento tenha relação com hábitos ligados ao estilo de vida, como o maior consumo de alimentos ultraprocessados e menor proporção de fibras.
É por isso que, há algum tempo, autoridades médicas têm recomendado que toda pessoa com 45 anos ou mais realize um exame de sangue oculto nas fezes ou a colonoscopia, um exame que permite verificar e eliminar lesões suspeitas que podem evoluir para o câncer.
Segundo o Ministério da Saúde, é importante ficar atento aos seguintes sinais ou sintomas:
- mudanças no hábito intestinal (diarreia ou prisão de ventre que se tornam frequentes, ou fezes em formato de fita);
- presença de sangue nas fezes;
- vontade frequente de evacuar, com a sensação de que a evacuação foi incompleta;
- dores abdominais, cólicas ou gases frequentes;
- perda de peso sem razão aparente;
- presença de massa (tumoração) no abdômen;
- fadiga e/ou anemia.
Na maioria das vezes, não é possível identificar a causa, mas sabe-se que o câncer de intestino é mais comum em pessoas que:
- têm história pessoal ou familiar de pólipos, doenças inflamatórias intestinais ou câncer de intestino;
- têm excesso de gordura corporal;
- consomem carnes vermelhas ou processadas (como bacon, presunto, salame, salsicha etc) em excesso;
- consomem pouca quantidade de alimentos ricos em fibras;
- consomem bebida alcoólica;
- são fumantes.
As principais medidas para se evitar esse tipo de câncer são:
- praticar atividade física com regularidade;
- evitar o excesso de peso;
- ter uma alimentação rica em frutas, verduras, legumes e grãos integrais;
- limitar o consumo de carne vermelha e processada;
- evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
- não fumar;
- ir ao médico com regularidade e, a partir dos 45 anos, informar-se sobre o rastreamento para o câncer de intestino.
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Tatiana Pronin
Jornalista e editora do site Doutor Jairo, cobre ciência e saúde há mais de 20 anos, com forte interesse em saúde mental e ciências do comportamento. Vive em NY. Twitter: @tatianapronin
