Certos desodorantes podem aumentar o risco de câncer? E o uso de sutiã apertado?
Dr. Jairo Bouer Publicado em 12/10/2023, às 18h00
O movimento “Outubro Rosa” foi criado no início da década de 1990 com o objetivo de compartilhar informações e promover a conscientização e a prevenção do câncer de mama. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a doença é o tipo de câncer que mais atinge mulheres no mundo.
Veja, a seguir, alguns mitos e verdades sobre a doença:
MITO – Quando uma pessoa tem um parente próximo, como mãe ou irmã, com a doença, deve fazer um acompanhamento mais próximo com o ginecologista desde cedo. Mas mesmo quem não tem nenhuma história de câncer de mama na família deve ter atenção. Este é o tipo de câncer que mais causa mortes entre mulheres no país.
MITO – Segundo boatos na internet, os sais de alumínio presentes em alguns desodorantes causariam câncer, mas isso não procede. Não há nenhuma evidência científica dessa relação.
MITO – Não, não existe nenhuma relação entre a ocorrência do câncer e algum tipo de machucado anterior na mama.
MITO – Não, também não há nenhuma relação entre o sutiã apertado e o risco da doença.
MITO – Não. Inclusive essa noção de culpabilizar as emoções ou experiências de alguém pelo aparecimento do câncer de mama é algo prejudicial para as mulheres.
MITO – Não. Fazer o autoexame e prestar atenção a eventuais sinais ou sintomas nas mamas é importante para que a mulher possa identificar qualquer alteração o quanto antes. Mas isso não substitui a mamografia, indicada a partir dos 40 anos para quem não tem casos da doença na família e a partir dos 25 anos para as mulheres que têm parentes próximas com câncer de mama.
VERDADE - Quanto antes houver o diagnóstico, maiores as chances. Por isso é tão importante fazer acompanhamento ginecológico e mamografia.
VERDADE - Principalmente se isso ocorrer antes dos 30 anos de idade e se for por um período prolongado. Engravidar várias vezes ao longo da vida também é um fator de proteção, pois tanto na gestação quanto na amamentação a mulher tem menos ciclos menstruais e, portanto, fica menos exposta às oscilações hormonais periódicas.
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