Câncer de pele: conheça os sinais de alerta

Entenda a importância da prevenção e do acompanhamento médico

Redação Publicado em 05/12/2021, às 11h00

Quando diagnosticado precocemente, o câncer de pele tem menor taxa de mortalidade - iStock
O verão está chegando, mas os riscos do câncer de pele merecem atenção durante todo o ano. Ainda mais em meio a pandemia da Covid-19, em que os pacientes postergaram as visitas ao consultório médico: a percepção clínica é de que os casos estão chegando em estágio mais avançado. “Qualquer sinal merece atenção e a consulta ao dermatologista não deve ser postergada”, destaca João Pedreira Duprat Neto, chefe do Núcleo de Câncer de Pele do A.C. Camargo Cancer Center. Mesmo o câncer de pele sendo mais incidente, é também o de menor mortalidade, se com diagnóstico precoce e tratamento adequado.

Embora o filtro solar seja necessário durante todo o ano, é neste período de dias mais ensolarados que a sua utilização passa a ser fundamental para a prevenção de doenças como o câncer de pele, o mais incidente em todo o mundo e que representa 30% de todos os tumores malignos registrados no Brasil.

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“O filtro solar é um importante fator de prevenção do câncer de pele, já que a protege dos raios ultravioleta. Mas tão importante quanto usá-lo é saber usá-lo. A aplicação deve ser feita meia hora antes da exposição ao sol e a reaplicação a cada duas horas, ou após molhar o corpo”, aponta Duprat.

O médico sugere ainda o uso de acessórios, como óculos de sol e chapéus, principalmente para aqueles que têm a pele muito clara e para os que já foram diagnosticados com câncer de pele anteriormente. “E é muito importante ressaltar que os cuidados se estendem para os dias nublados. A emissão dos raios ultravioleta independe de como está o céu. Mesmo em dias sem sol, por exemplo, a insolação fica na faixa dos 40% e, por isso, é essencial cuidar da pele, passando protetor solar”, alerta.

Sinais de alerta

Além da exposição ao sol, há outros sinais que variam de pessoa para pessoa, mas que merecem atenção, como qualquer pinta que tenha crescimento, apresente coceira, sangramento frequente ou mude de cor, tamanho, consistência ou espessura, qualquer ferida que não cicatrize em até quatro semanas, qualquer mancha de nascença que mude de cor, espessura ou tamanho e qualquer lesão rosada e avermelhada, de crescimento lento, porém constante.

“A pele é o maior órgão do corpo humano e é responsável por proteger os outros órgãos internos contra bactérias, além de captar e enviar para o cérebro informações sobre calor, frio, dor e tato. Quando as células da pele se multiplicam sem controle, pode correr o melanoma, tipo de câncer mais raro, e o não melanoma, mais frequente e menos grave. Em ambos, se diagnosticados precocemente, há cura”, conta Duprat.

O tipo não melanoma, normalmente, atinge os locais que ficam mais expostos ao sol, como rosto, orelha e pescoço. Já o melanoma pode aparecer em qualquer parte do corpo e, para ajudar a identifica-lo existe a regra do ABDCE: assimetria, bordas, cor, diâmetro e evolução. “Quando há melanoma, a pinta ou o sinal é assimétrico, com bordas irregulares, com mais de uma cor, mais que 6 mm, tem mudança rápida na aparência (tamanho, forma, cor e espessura). Por isso, é tão importante que o paciente conheça o próprio corpo e, ao sinal de qualquer mudança na pele, deve procurar um médico. Quanto mais cedo diagnosticado, maiores são as chances de cura”, alerta o médico do A.C. Camargo Cancer Center.

Nos casos de câncer de pele não melanoma, o tratamento pode incluir desde cirurgias simples, até radioterapia e quimioterapia. Segundo Duprat, “a escolha das terapias depende muito do tamanho, do tipo e da localização do tumor”. Já nos casos de melanoma, o tratamento depende da espessura do tumor e do seu estadiamento. “Nos casos em que não há metástase, uma pequena cirurgia pode retirar o tumor. Quando há metástase, a cirurgia pode não ser a melhor solução. No A.C. Camargo Cancer Center, os pacientes com melanoma também podem realizar um exame de biópsia líquida, que detecta precocemente a presença de células cancerígenas no sangue e permite, ao longo do tratamento, a identificação de alterações no tumor e uma possível modificação no tipo de terapia adotada”, finaliza.

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