Câncer de pulmão: parar de fumar aumenta sobrevida em 29%
Redação Publicado em 04/01/2022, às 15h00
Pacientes com câncer de pulmão que pararam de fumar após o diagnóstico apresentaram uma melhora de 29% na sobrevida geral em comparação aqueles que continuaram com o tabagismo após a identificação da doença.
Essa é uma das descobertas de um novo estudo publicado no Journal of Torácic Oncology, revista oficial da Associação Internacional para o Estudo de Câncer de Pulmão (IASLC). O objetivo dos pesquisadores era analisar se parar de fumar perto ou após o diagnóstico tem um efeito benéfico na sobrevivência de pacientes com câncer de pulmão.
Para responder essa pergunta, a equipe envolvida no estudo realizou uma meta-análise de pesquisas já publicadas sobre cessação do tabagismo após o diagnóstico de câncer de pulmão e encontraram 21 artigos com mais de 10.000 pacientes.
Os dados levantados mostraram que parar de fumar após receber o diagnóstico de câncer de pulmão foi significativamente associado à melhora da sobrevida geral, atingindo uma porcentagem de 29%.
De acordo com os pesquisadores, interromper o tabagismo pode desempenhar um impacto positivo na sobrevivência desses pacientes porque a fumaça do tabaco promove o crescimento, a progressão e a disseminação do tumor. Além disso, diminui a eficácia, a tolerância à radiação e aumenta o risco de complicações pós-operatórias.
Para os autores, o estudo sugere que os profissionais de saúde devem educar pessoas com câncer de pulmão sobre os benefícios de parar de fumar mesmo após o diagnóstico da doença.
Cessar o uso do tabaco pode aumentar a expectativa e a qualidade de vida, além de beneficiar outros aspectos da saúde física e mental e até melhorar a sociabilização. Veja, a seguir, alguns motivos para parar de fumar.
Economia para o bolso Cigarros são caros e podem representar uma parcela importante dos gastos mensais; parar de fumar, portanto, ajuda a economizar dinheiro! Um fumante que fuma um maço por dia, no fim do mês pode gastar até R$ 300 só com cigarros.
Cheiro bom Tanto hálito quanto odor corporal são prejudicados pelo tabaco, causando incômodo em diversas ocasiões sociais. O cigarro causa alterações nas papilas gustativas da língua, que ficam mais ásperas e com o paladar reduzido, havendo maior acúmulo de saburra - causadora de mau hálito.
Nova aparência O cigarro causa danos à pele, deixando-a sem elasticidade e brilho, dando uma aparência de envelhecimento e tornando as rugas mais comuns. Isso porque ele causa vasoconstrição periférica, o que diminui o fluxo sanguíneo, responsável por nutrir o tecido cutâneo.
Coração mais forte O tabagismo aumenta o risco de doenças cardiovasculares, pois favorece a formação de placas de gordura nos vasos sanguíneos, aumenta a pressão arterial e a frequência cardíaca, induz a resistência à insulina e diabetes e produz inflamação e trombose. O fumo é causa 25% de todas as doenças cardiovasculares e 30% das mortes no mundo.
Melhor digestão A nicotina provoca irritação no estômago e enfraquece o músculo que impede o refluxo, aumentando as chances de infecção. Também altera o paladar e induz à produção de ácido clorídrico, além de estimular a ida de sais biliares do intestino para o estômago, tornando suco gástrico mais nocivo.
Maior fertilidade O tabagismo reduz a fertilidade além de poder causar menopausa precoce e impotência sexual. Segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer), mulheres fumantes que não usam métodos contraceptivos hormonais reduzem a taxa de fertilidade de 75% para 57% por conta da concentração de nicotina no fluído folicular do ovário; as que fumam antes da gravidez têm duas vezes mais probabilidade de atraso na concepção e, aproximadamente, 30% mais chances de serem inférteis.
Mais sabor O fumo promove também mudanças nas papilas gustativas, o que pode mudar o sabor dos alimentos e prejudicar a degustação. Assim, quando a pessoa larga o cigarro, ela tende a sentir mais sabor da comida - e até passa a se alimentar melhor.
Olhos saudáveis Fumantes têm de duas a três mais chances de desenvolver degeneração macular relacionada à idade – uma condição que resulta em perda irreversível da visão. Também têm duas vezes mais chances de desenvolver catarata, um embaçamento do cristalino que bloqueia a luz.
Saúde mental Diversas substâncias presentes no cigarro são nocivas à saúde do cérebro, como o acetato de chumbo, podendo levar a maiores chances de problemas degenerativos. Além disso, em pesquisa publicada no British Medical Journal (BMJ), foi constatado que as pessoas que deixaram de fumar tiveram menos sentimentos relacionados à depressão e à ansiedade, além de terem uma visão mais positiva da vida.
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