Redação Publicado em 09/06/2021, às 16h30
O sexo é um dos pontos importantes para a maioria dos casamentos. Além de melhorar o bem-estar físico, a saúde do coração, o sistema imunológico e a aptidão física geral, a prática também aumenta a felicidade, alivia o estresse e promove vínculo e intimidade entre os parceiros.
Mesmo diante desses fatos, os casamentos sem sexo – também conhecidos como "quartos mortos" – têm se tornado mais comuns, causando um dilema entre os envolvidos, que precisam e apreciam o sexo, mas estão insatisfeitos com a relação.
Nesse contexto, um novo relatório do Ashley Madison, o maior site de namoro para casados do mundo, descobriu que este é, muitas vezes, o principal determinante para os casos extraconjugais. Para entender as razões dessa motivação, a plataforma entrevistou mais de 2.800 membros de todo o mundo sobre a importância do sexo no casamento.
De acordo com os pesquisadores, muitos entrevistados contaram que um estímulo importante por trás da decisão de trair é uma vida sexual insatisfatória, e isso abrange vários pontos: sexo desagradável, agradável, infrequente, repetitivo ou, até mesmo, nenhum sexo. Essa percepção, geralmente, leva à terceirização das necessidades sexuais.
A pesquisa analisou questões relevantes, como necessidades sexuais e autodescobertas, e revelou os três principais achados sobre a influência que o sexo desempenha na felicidade e no crescimento pessoal.
Muitas pessoas casadas experimentam uma desconexão entre elas e seus parceiros ou parceiras com relação às necessidades e satisfação sexual. Embora a parte íntima de um casamento possa começar perfeitamente boa – a tão falada “lua de mel” – mais cedo o mais tarde o sexo pode se tranformar em uma obrigação entediante e, em seguida, em uma raridade.
De acordo com os dados da pesquisa, 55% dos membros da plataforma dizem que seus cônjuges são resistentes em experimentar coisas novas na cama, 52% relatam que não há paixão, 50% dizem que não existe variedade e 50% que não têm frequência sexual.
Todos esses pontos são, para os entrevistados, parte integrante da realização sexual, mas tendem a desaparecer com o tempo: 34% disseram que não dormem com o parceiro ou parceira há pelo menos cinco anos; 30% de cinco a 10 anos e 19% há mais de 10 anos. Essa distância sexual é um dos principais fatores que levaram os membros à traição (30%).
Quando perguntados o que gostariam que os cônjuges compreendessem sobre seus desejos sexuais, 36% disseram que queriam que o (a) parceiro (a) notasse a sua vontade de sexo com frequência; 28% que há necessidade de variedade sexual; 26% relataram que necessitam de mais atenção sobre os desejos para gostar de fazer sexo com o cônjuge e 10% disseram que dar ênfase sempre aos desejos do outro não é agradável.
Confira:
Segundo os pesquisadores, o sexo extraconjugal pode ser uma porta de entrada para a descoberta do verdadeiro eu. Por exemplo: 24% dos membros entenderam por meio de seus casos que a sua libido estava mais alta do que imaginavam e 21% chegaram à conclusão que nunca deixaram de gostar de sexo, apenas de fazê-lo com seu cônjuge.
Além disso, 21% contaram que descobriram como gostam de aventuras sexuais enquanto 18% conheceram fantasias que não sabiam que tinham até encontrarem alguém que pudesse explorá-las.
O levantamento também revelou que a infidelidade pode, muitas vezes, introduzir novos comportamentos. Quando perguntados sobre quais hábitos sexuais haviam adotado desde que começaram a ter casos extraconjugais, 56% dos entrevistados disseram que experimentaram novas posições, 40% se aventuraram no sexting (envio de nudes) e 36% revelaram que exploraram o universo dos brinquedos sexuais.
Entre as repostas também surgiram a melhora na sedução/higiene (27%), explorar o sexo com vários parceiros (as) (25%), masturbação (22%), assistir pornografia (20%), fazer vídeos um do outro (17%), BDSM (16%) e fantasias com personagens (15%).
Para os pesquisadores, os casamentos podem se beneficiar da integração de parceiros externos. Apenas 10% dos membros da plataforma disseram que o sexo desagradável em casa é uma ligação direta com a decisão de trair. Isso quer dizer que o sexo conjugal ainda pode ser satisfatório, desde que atenda às necessidades das pessoas envolvidas.
Outra avaliação dos entrevistados foi de que a vida sexual com o parceiro ou parceira era "o melhor sexo que já tiveram" no início do relacionamento. Mas, com o passar do tempo, se tornou difícil encontrar essa satisfação em apenas uma pessoa.
Entretanto, muitos membros relataram que, apesar da ausência de contato físico dentro de casa, ainda fazem sexo com o cônjue todo mês (27%) ou até toda semana (26%). Além disso, 74% disseram ter casos extraconjugais de longo prazo.
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