Da Redação Publicado em 29/09/2020, às 18h46 - Atualizado às 20h11
Cássia Kis, de 63 anos, comentou sobre sua vida sexual, durante entrevista à Marie Claire, nesta terça-feira (29).
A artista afirmou que nunca esteve tão bem sozinha e que busca sabedoria.
“Minhas referências como atriz são, no Brasil, madame Fernanda [Montenegro], e as inglesas Judi Dench e Maggie Smith, porque elas estão preocupadas com a consciência, com as relações, com a qualidade do trabalho. Não tenho a menor necessidade de aparecer nua na frente de homem. Imagine que vou ficar escondendo isso, aquilo, para que correr esse risco?”, declarou.
A atriz ainda revelou que o poder de falar ‘não’ é maravilhoso e que essa é uma das razões que não esteja em um relacionamento.
“Me masturbo com menos frequência do que há 30 anos, hoje uma vez a cada três meses. Às vezes você está num relacionamento, não tem vontade de transar, e quando vê está abrindo as pernas para o seu macho. Isso já é violento. Essa é uma das razões que fazem com que eu esteja sozinha. Não estou mais a fim de transar, não quero. É maravilhoso esse lugar de falar não. Não preciso ter ‘dor de cabeça’. Queria poder viver um relacionamento com um homem em que esse encontro sexual acontecesse num lugar que não é do desejo”, acrescentou.
Ela finalizou relembrando seus relacionamentos passados: “Venho de cinco casamentos, e estou sozinha aos 63 anos. Não há culpados. O que há é uma trajetória de erros. Tem muita coisa que gostaria de poder corrigir. A pandemia está me fazendo uma pessoa melhor”.
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O número de mulheres que fazem sexo com frequência diminui conforme a idade delas avança, principalmente depois da menopausa. O fato é bem conhecido entre médicos e especialistas em sexualidade, mas, até hoje, as pesquisas sobre o assunto tendiam a se concentrar mais nas possíveis causas biológicas desse declínio – a queda no nível de estrogênio, que levaria a mudanças na libido e ressecamento vaginal. Mas um novo estudo mostra que essa não é a principal razão pela qual a vida sexual delas fica menos ativa. Questões sociais e psicológicas podem ter a maior parcela de culpa.
Para chegar à conclusão, pesquisadores analisaram textos de quase 4.500 britânicas na pós-menopausa, em vez de apenas dados quantitativos, o que permitiu uma compreensão mais aprofundada sobre o comportamento e os sentimentos dessas mulheres em relação à vida sexual.
As participantes faziam parte de um grande estudo para rastreio de câncer de ovário, e foram acompanhadas por vários anos. No início, cerca de metade tinha vida sexual ativa, mas com o tempo as relações ficaram menos frequentes e também menos prazerosas.
Os resultados, publicados na revista Menopause, da Sociedade Norte-Americana de Menopausa (Nams), mostram que a principal razão alegada para a ausência de atividade sexual foi a falta de um parceiro, já que muitas ficaram viúvas.
Outras razões citadas para a diminuição da atividade sexual incluíram, em ordem de importância: questões de saúde do parceiro, disfunção sexual do parceiro, os próprios problemas de saúde física da mulher, os sintomas relacionados à menopausa e os efeitos colaterais de medicamentos prescritos.
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