Estudo holandês revela, ainda, que parceiros que se beijam ao menos nove vezes ao dia compartilham as mesmas colônias de bactérias
Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h22 - Atualizado às 23h57
Nosso corpo é formado por um ecossistema de mais de 100 trilhões de micro-organismos, essenciais para a digestão dos alimentos, a síntese de nutrientes e para nos proteger de doenças. Nossa boca costuma abrigar 700 variedades diferentes de bactérias, que os especialistas chamam de microbiota bucal. A genética, a dieta e a idade interferem nesse equilíbrio, assim como as pessoas com as quais interagimos.
Pesquisadores da organização holandesa TNO avaliaram 21 casais, pedindo que preenchessem questionários sobre o comportamento deles em relação ao beijo. Depois, colheram amostras para analisar a composição da microbiota bucal dos participantes. Os resultados mostraram que, quanto mais os casais afirmam se beijar, mais parecidas são as bactérias de suas bocas.
Em outra experiência, um membro do casal consumia uma bebida probiótica com variedades específicas de bactérias, como Lactobacillus e Bifidobacteria. Depois do beijo de língua, os pesquisadores descobriram que a quantidade de bactérias probióticas na saliva dos receptores havia triplicado. A partir disso, foi possível calcular o número de micro-organismos transferidos pelo beijo.
Um dado curioso relatado pelos autores, mas que não tem a ver exatamente com a pesquisa, é que 74% dos homens relataram frequências de beijo maiores que suas parceiras. Eles disseram que o casal se beijava cerca de dez vezes por dia, enquanto as mulheres relataram uma média de cinco beijos diários. Os pesquisadores tiveram que calcular a média, além de contar com as análises das amostras, para chegar aos números finais.