Cientistas tentam criar uma vacina contra os efeitos da nicotina

Composto que retarda os efeitos da substância foi testado com resultados promissores em ratos

Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h37 - Atualizado às 23h55

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Fumar já saiu de moda faz tempo, mas, para muita gente, abandonar o cigarro ainda é uma dificuldade enorme. Um estudo, ainda em animais, traz esperança para essas pessoas: cientistas do Instituto Scripps, na Califórnia (EUA), desenvolveram uma vacina que ajudaria a diminuir o efeito da nicotina sobre o cérebro.

O composto aumenta o número de anticorpos que se ligam a moléculas da substância, presente no cigarro, atrasando seus efeitos e, dessa forma, diminuindo a urgência em fumar de novo e as crises de abstinência.

Hoje, os tratamentos tradicionais envolvem uso de adesivos ou gomas de mascar com nicotina, que nem sempre são eficientes, além de drogas que têm como alvo os receptores da substância no cérebro. No entanto, algumas pessoas não toleram os efeitos colaterais desses remédios.

No estudo, feito em ratos, a vacina retardou os efeitos da nicotina nos primeiros dez minutos após a injeção. Eles também apresentaram menor concentração da substância no cérebro. Agora, os cientistas tentam refinar a fórmula para testar o composto em humanos.

A pesquisa foi publicada no Journal of Medicinal Chemistry e divulgada no jornal britânico Daily Mail.

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