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Cigarros eletrônicos podem aumentar o risco de pré-diabetes

O cigarro eletrônico é visto como uma alternativa "mais segura" para quem deseja parar de fumar - iStock
O cigarro eletrônico é visto como uma alternativa "mais segura" para quem deseja parar de fumar - iStock

Redação Publicado em 03/03/2022, às 15h00

Uma análise publicada no American Journal of Preventive Medicinemostra que o uso de cigarros eletrônicos está associado ao aumento das chances de desenvolver pré-diabetes.

Segundo os pesquisadores, com o uso dos cigarros eletrônicos e a prevalência da pré-diabetes em ascensão na última década, a descoberta de que esse tipo de cigarro apresenta um risco semelhante ao tradicional em relação à diabetes é importante para entender e tratar indivíduos vulneráveis. 

Os riscos do tabagismo

De acordo com dados do Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), fumantes tradicionais de cigarro têm de 30% a 40% mais chances do que os indivíduos que não fumam de desenvolverem diabetes tipo 2, o que aumenta o risco de doenças cardiovasculares, como doenças ateroscleróticas, acidente vascular cerebral (AVC) e doenças vasculares periféricas.

Nesse cenário, os cigarros eletrônicos são, muitas vezes, promovidos como um produto “mais seguro” e de redução de risco para os atuais fumantes tradicionais. Porém, isso não procede e o uso desse tipo de cigarro está aumentando entre a população mais jovem

Cigarros eletrônicos e pré-diabetes 

Para determinar a associação entre o uso de cigarros eletrônicos e pré-diabetes, os pesquisadores analisaram dados de 2016 a 2018 de uma grande pesquisa anual de saúde que inclui informações sobre comportamentos de risco, serviços preventivos e condições médicas crônicas.

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Entre os 600.046 entrevistados, 9% eram usuários atuais de cigarros eletrônicos e relataram terem sido diagnosticados com pré-diabetes.

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Além disso, os achados também mostraram que os usuários de cigarros eletrônicos têm maior prevalência de fatores de estilo de vida de alto risco, além de pior estado de saúde mental e física do que os não fumantes.

470 milhões de pré-diabéticos até 2030

Para os pesquisadores, as descobertas da associação entre pré-diabetes e cigarros eletrônicos é preocupante. No caso do tabagismo, a nicotina tem um efeito prejudicial na ação da insulina - e parece que esse tipo de cigarro tem o mesmo efeito. 

Os autores ainda acreditam que os achados dão força à recomendação sobre reduzir o uso de cigarros eletrônicos e promover a educação de jovens adultos como estratégia de gestão terapêutica do estilo de vida para diminuir o risco de diabetes.

Vale lembrar que a pré-diabetes é definida pela tolerância à glicose prejudicada, indicando níveis glicêmicos localizados entre taxas consideradas normais e a diabetes. A condição é reversível com o gerenciamento de estilo de vida.

De acordo com o Centros de Controle e Prevenção de Doenças, a pré-diabetes tornou-se cada vez mais comum nas últimas décadas, com destaque para a ascensão entre a população mais jovem. As projeções estimam que até 2030 mais de 470 milhões de pessoas em todo o mundo serão diagnosticadas com a condição. 

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