Redação Publicado em 15/02/2021, às 18h07
Ciúme é algo que faz parte da vida e dos relacionamentos, sejam eles amorosos ou não. Alguns estudos até acreditam que a reação tem um papel importante para manter um casal junto numa sociedade monogâmica.
Mas o sentimento pode se tornar uma doença quando vira obsessão e traz sofrimento excessivo para a própria pessoa ou mesmo para quem é alvo do sentimento. Quando isso ocorre, dizemos que a pessoa tem um "ciúme patológico".
Indivíduos com ciúme patológico sofrem com ruminações constantes e, muitas vezes, ideias irracionais sobre uma suposta infidelidade do parceiro. Esses pensamentos repetitivos e desagradáveis costumam acompanhar a verificação compulsiva do comportamento do parceiro.
Outro transtorno mais raro e grave, ligado ao sentimento, é o chamado "ciúme delirante", também conhecido como "síndrome de Otelo", em referência à tragédia de Shakespeare. Nesse caso, existe um componente importante, que é o delírio. Dessa forma, o ciúme delirante é tratado como um transtorno psicótico.
Veja alguns sinais de ciúme patológico:
- excesso de ciúme, sem a presença de delírio
- pensamentos irracionais e suspeitas sobre a infidelidade do(a) parceiro(a)
- comportamentos excessivos em busca de informações sobre as suspeitas
- sentimentos de raiva, medo e tristeza ao pensar no assunto
- violência verbal ou até física contra o(a) parceiro(a) ou contra outras pessoas por causa do ciúme
- os pensamentos e comportamentos geram angústia e prejuízos aos relacionamentos
- a pessoa chega a ter sintomas físicos ao pensar no que o(a) parceiro(a) pode estar fazendo, como coração acelerado, suor, falta de apetite, insônia etc.
Fontes: Dr. Jairo Bouer e Programa Ambulatorial Integrado dos Transtornos do Impulso (Pro-Amiti), do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo)