População deve adotar hábitos de fotoproteção para garantir sua saúde de modo pleno
Neste verão, vamos juntar prevenção ao coronavírus com cuidados para reduzir as chances de casos de câncer de pele? Essa é a proposta da campanha do Dezembro Laranja, organizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), em 2021. A intenção é dar início ao esforço de mobilização no período que abriga o Natal e estendê-lo pelos meses seguintes. Nos alertas, a SBD quer deixar claro que o atual momento pede que, junto com o uso do álcool gel, máscaras e distanciamento, os brasileiros cultivem as práticas de fotoproteção.
Com a queda nos indicadores de morbidade e de mortalidade relacionados à Covid-19, estima-se que neste verão as praias e os espaços abertos voltarão a ser ocupados com muito mais intensidade. No entanto, alertam os especialistas da SBD, a retomada da normalidade não deve ser feita sem atenção às recomendações das autoridades sanitárias, ainda atentas à possibilidade de aumento dos casos de contaminação pelo coronavírus. Além desse cuidado, afirmam, a população deve agregar à sua rotina as medidas de prevenção contra o câncer de pele.
Como evitar o câncer de pele?
- Use de óculos de sol;
- Aposte em blusas com proteção UV, bonés ou chapéus;
- Opte pela sombra;
- Evite a exposição ao sol entre 9 h e 16 h;
- Utilizar filtro solar com FPS igual ou superior a 30, reaplicando-o a cada duas horas ou sempre que houver contato com a água.
Diagnóstico precoce
Em caso de surgimento de sinais e sintomas suspeitos, o médico dermatologista deve ser consultado para fazer o diagnóstico precoce do quadro. Se for constatada uma lesão cancerosa, ele orientará o início do tratamento. É preciso prestar a atenção em:
- pintas que crescem;
- manchas que aumentam;
- sinais que se modificam;
- feridas que não cicatrizam.
Tudo isso pode indicar o câncer de pele e por isso é dito que a rotina do autoexame facilita o reconhecimento dos casos.
A SBD ressalta ainda que a exposição solar exagerada e desprotegida ao longo da vida, além dos episódios de queimadura solar, são os principais fatores de risco para o câncer de pele. Apesar de ser um problema de saúde que pode afetar qualquer pessoa, há perfis que são mais propensos ao seu surgimento. Nesse grupo, estão os que têm a pele, cabelos e olhos claros; aqueles com histórico familiar dessa doença; os portadores de múltiplas pintas pelo corpo e pacientes imunossuprimidos e/ou transplantados. A SBD alerta que os que apresentam essas características precisam de maior cuidado com a pele e passar por avaliação frequente com um médico dermatologista.
Tumores
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), os números de câncer de pele no Brasil são preocupantes. A doença corresponde a 27% de todos os tumores malignos no país, sendo os carcinomas basocelular e espinocelular (que são não melanoma) responsáveis por cerca de 180 mil novos casos da doença por ano. Já o câncer de pele melanoma tem em torno de 8,5 mil casos novos por período. A incidência do câncer de pele é maior do que os cânceres de próstata, mama, cólon e reto, pulmão e estômago.
Há oito anos a Sociedade Brasileira de Dermatologia realiza o #DezembroLaranja, sempre com grande engajamento da população e de outras instuições e entidades. O público interessado pode se engajar na campanha e compartilhar nas redes sociais, customizando a foto de perfil e as publicações da SBD, por exemplo. A divulgação nas plataformas digitais (Facebook, Instagram, Youtube e site) contará com o apoio das seguintes hashtags: #DezembroLaranja, #CancerdePeleECoisaSeria, #CancerdePele; # Maisprotecaonoverao e #CampanhaCancerdePele2021.
O que provoca o câncer de pele?
O câncer de pele é provocado pelo crescimento anormal das células que compõem a pele. Existem diferentes tipos de câncer da pele que podem se manifestar de formas distintas, sendo os mais comuns denominados carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular – chamados de câncer não melanoma – e que apresentam altos percentuais de cura se diagnosticados e tratados precocemente. Um terceiro tipo, o melanoma, apesar de não ser o mais incidente, é o mais agressivo e potencialmente letal. Quando descoberto no início, a doença tem mais de 90% de chance de cura.
O carcinoma basocelular é o câncer de pele mais frequente na população, correspondendo a cerca de 70% dos casos. Ele se manifesta por lesões elevadas peroladas, brilhantes ou escurecidas, que crescem lentamente e sangram com facilidade. Por sua vez, o carcinoma espinocelular surge como o segundo tipo de câncer de pele de maior incidência no ser humano. Ele equivale a mais ou menos 20% dos casos da doença. É caracterizado por lesões verrucosas ou feridas que não cicatrizam depois de seis semanas. Podem causar dor e produzirem sangramentos.
Já o melanoma, apesar de corresponder a apenas cerca de 10% dos casos, é o mais grave deles, pois quadros avançados podem provocar metástases (espalhamento do tumor para outros órgãos do corpo humano) e levar à morte. Esse tipo é geralmente constituído de pintas ou manchas escuras, que crescem e mudam de cor e formato gradativamente. As lesões também podem vir acompanhadas de sangramento.
A iniciativa #Dezembro Laranja, promovida pela SBD, faz parte da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele. Desde então, sempre no último mês do ano, são realizadas diferentes ações em parceria com instituições públicas e privadas para informar a população sobre as principais formas de prevenção e a procurar um médico especializado para diagnóstico e tratamento. Como vimos, o câncer da pele é o tipo de câncer mais comum no Brasil, com cerca de 180 mil novos casos ao ano. E, não custa repetir, quando descoberto no início, tem mais de 90% de chances de cura.
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