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Como lidar com a ansiedade durante a gravidez?

Confira o que pode ser feito durante a gestação - iStock
Confira o que pode ser feito durante a gestação - iStock

Redação Publicado em 05/11/2021, às 12h00

Viver uma gestação é algo emocionante e, por isso, é comum que a mulher experimente uma montanha-russa de emoções durante a gravidez. Algumas, por exemplo, sentem alegria a cada vibração ou chute, maravilhando-se com a mudança do corpo. Já para outras, a gravidez é difícil e cansativa, pois traz fadiga severa, mudanças de humor e preocupações constantes. 

Além disso tudo, algumas mulheres relatam que, a cada mês que passa, os pensamentos saem mais do controle, afetando o desempenho no trabalho e até os relacionamentos em casa. E, se tudo isso estiver acontecendo, o que pode ser feito?

O que causa ansiedade durante a gravidez?

As preocupações durante a gravidez são universais. Mudanças hormonais na gravidez, além de possíveis problemas e dificuldades para dormir, podem contribuir para a ansiedade das futuras mães.

Embora seja normal se preocupar com a saúde de seu bebê, em alguns casos essa preocupação se torna debilitante e pode exigir mais atenção. Os pensamentos sobre a saúde do bebê podem se tornar obsessivos, mesmo quando os médicos garantem que está tudo bem. As preocupações também podem aparecer em forma de sintomas físicos, como taquicardia, dificuldade para respirar ou ataques de pânico. Se essa for a primeira vez que a mulher experimenta um alto nível de ansiedade, isso pode ser assustador por si só. Quando a ansiedade começa a interferir no funcionamento do dia a dia, nos relacionamentos ou no desempenho no trabalho, ela pode ser classificada como um transtorno de ansiedade.

A ansiedade pode ocorrer a qualquer momento durante a gravidez, ou pode aparecer pela primeira vez após o parto (ansiedade perinatal é o termo usado para designar ansiedade durante a gravidez e após o parto). As taxas de transtorno de ansiedade generalizada parecem ser mais altas no primeiro trimestre, provavelmente devido a alterações hormonais. 

Os sintomas mais comuns incluem:

  • Preocupação constante;
  • Inquietação;
  • Tensão muscular;
  • Irritabilidade;
  • Sensação de pavor;
  • Incapacidade de concentração;
  • Dificuldade em adormecer devido a preocupações.

Algumas mulheres também apresentam sintomas como resultado de outros transtornos de ansiedade, incluindo transtorno do pânico, transtorno obsessivo-compulsivo ou transtorno de estresse pós-traumático.

Embora subdiagnosticados, os transtornos de ansiedade durante a gravidez e no período pós-parto são comuns e podem afetar até uma em cada cinco mulheres. Muitas delas sofrem em silêncio.

Quais são os efeitos da ansiedade não tratada no bebê?

Ao pensar sobre o controle da ansiedade, é importante considerar tanto os riscos do tratamento quanto os danos da ansiedade não tratada. Embora menos estudada do que a depressão, pesquisas sugerem que a ansiedade pode afetar negativamente a mãe e o feto. A ansiedade aumenta o risco de parto prematuro, baixo peso ao nascer, idade gestacional precoce e um perímetro cefálico menor (que está relacionado ao tamanho do cérebro).

Quais são os tratamentos para ansiedade durante a gravidez?

Felizmente, existem muitos tratamentos que podem reduzir a ansiedade durante a gravidez e ajudar a mulher a se sentir melhor. Para muitas pessoas, o ansiolítico não é uma opção durante a gravidez, pois há poucas informações sobre a segurança desse medicamento durante o período. Algumas mulheres que já haviam tomado medicamentos para ansiedade podem desejar interrompê-los durante a gravidez por motivos pessoais.

Por isso, outras saídas podem ser terapias, como a terapia cognitivo-comportamental (TCC). Ela se concentra em desafiar pensamentos, emoções e ações não adaptativas e usa estratégias de controle da ansiedade, como a respiração diafragmática (adaptada à gravidez).

Confira:

Além da terapia, outras saídas, como praticar atividades físicas regularmente (com acompanhamento de um profissional) e manter uma rotina estável, com horários para dormir e comer, por exemplo, também podem ajudar.

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