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Como ter um bom relacionamento conjugal ou familiar? Estudos trazem algumas dicas

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Da Redação Publicado em 25/11/2020, às 17h51 - Atualizado às 19h43

Toda família tem problemas. Mas uma revisão de estudos sugere que pessoas com certos traços psicológicos, que podem ser exercitados, tendem a ter relacionamentos mais saudáveis e duradouros. Isso vale para a vida a dois, e também para a relação entre pais e filhos.

Após analisarem os resultados de 174 estudos, um grupo de pesquisadores da Universidade de Rochester, nos EUA, chegou à conclusão de que flexibilidade e atenção ao momento presente são características importantes para os relacionamentos conjugais e familiares.

Crédito: iStock

Flexibilidade e foco

A definição de flexibilidade psicológica, segundo os pesquisadores, envolve as seguintes habilidades individuais:

– ser aberto a experiências, tanto positivas quanto negativas;

– prestar atenção no momento presente;

– não se apegar a pensamentos ou emoções de maneira obsessiva;

– saber colocar as coisas em perspectiva, mesmo nos momentos difíceis;

– aprender a se manter fiel a seus valores mais profundos, mesmo nos dias mais caóticos ou estressantes;

– continuar lutando pelos seus objetivos, mesmo depois de enfrentar obstáculos ou retrocessos.

Segundo os pesquisadores, pessoas inflexíveis se comportam de maneira oposta: tentam a fugir de emoções ou pensamentos negativos; estão sempre distraídos; acabam presos em pensamentos ou emoções difíceis, perdem noção de suas prioridades quando estão estressados; têm vergonha ou medo de serem julgadas por pensamentos ou emoções; e tendem a abandonar seus objetivos diante dos obstáculos.

Relacionamentos mais saudáveis

A equipe descobriu que indivíduos mais flexíveis tendem a ter mais satisfação em seus relacionamentos românticos, inclusive em relação ao sexo. Além disso, tendem a ter menos conflitos, a se envolver menos em agressões e a sofrer menos com ansiedade de apego ou aversão ao apego.

Em relação aos relacionamentos familiares, a flexibilidade psicológica foi associada a estratégias parentais mais adaptativas, menores níveis de estresse parental, maior coesão familiar e menor estresse entre as crianças.

Filmes podem ajudar

Mas será que dá para exercitar a flexibilidade? Como fazer as pessoas terem mais consciência sobre si mesmas e seus relacionamentos? Um dos autores do estudo, o professor de psicologia Ronald Rogge, tem contado com o cinema para isso.

Em uma pesquisa publicada em 2013, Rogge mostrou que assistir a determinados filmes e depois conversar sobre eles é uma forma barata e eficaz de melhorar o relacionamento de casais e até evitar o divórcio. Ao se imaginar nas situações roteirizadas, as pessoas conseguem imaginar suas reações e refletir sobre elas.

Para o estudo, o pesquisador utilizou clássicos como: “Melhor é Impossível”, “Love Story – Uma História de Amor”, “Proposta Indecente”, “O Pai da Noiva”, entre outros. O importante é conversar sobre eles depois.

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