Conheça alguns mitos e verdades sobre o HPV

O HPV é a sigla em inglês para nomear o papilomavírus humano, um grande grupo de vírus extremamente comuns na população

Da Redação Publicado em 07/12/2020, às 20h36

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O HPV é a sigla em inglês para o Papilomavírus Humano, que é uma grande grupo de vírus extremamente comuns na população, que afetam pele e mucosas. Existem mais de 100 tipos de HPV, sendo que aproximadamente 14 tipos estão associados ao câncer. A principal forma de transmissão é o contato sexual, inclusive quando não há penetração.

Aqui vão alguns mitos e verdades que podem te ajudar a entender ainda melhor o HPV:

A manifestação do HPV é sempre visual, com verrugas.
Mito! A infecção por HPV geralmente não apresenta sintomas na maioria das pessoas e, em alguns casos, o paciente pode ficar meses ou anos sem apresentar qualquer sinal de HPV. Para além disso, as famosas verrugas não são a única forma em que a infecção se apresenta. De acordo com o tipo do vírus, a pessoa pode ter manifestações subclínicas (não visíveis a olho nu).

O HPV também é transmissível durante o parto.
Verdade! Apesar de a forma principal de transmissão ser o contato sexual, a transmissão de HPV também pode ocorrer durante o parto. Em casos raros, as crianças infectadas podem desenvolver lesões nas cordas vocais e laringe. Também por esse motivo, um acompanhamento frequente com o ginecologista é necessário a todas as mulheres sexualmente ativas.

Crédito: iStock

Quem não tem relações sexuais há anos está livre de apresentar lesões por HPV.
Mito! As primeiras manifestações pelo HPV surgem entre 2 a 8 meses após o contato sexual, aproximadamente. Entretanto, algumas pessoas podem demorar até 20 anos para apresentar algum sinal da infecção. Isto acontece porque o paciente pode ter contato com o vírus, mantê-lo inativo no organismo e, só após uma diminuição da resistência imunológica, o HPV se multiplica e provoca as lesões.

Existe cura para a infecção por HPV.
Verdade! O sistema imunológico pode combater a infecção por HPV sozinho, especialmente quando o paciente é jovem. Entretanto, algumas das infecções podem persistir e causar lesões. Por isso é muito importante que haja um acompanhamento médico contínuo.

HPV é um problema apenas para as mulheres.
Mito! O HPV é responsável por praticamente todos os casos de câncer de colo de útero, que infelizmente ainda causa muitas mortes no Brasil. Mas o HPV também pode provocar uma parte dos cânceres de ânus, de vulva, de vagina, de pênis e de orofaringe (boca e garganta).

Apenas tomar a vacina é suficiente para prevenir a infecção por HPV.
Mito! A vacina contra o HPV é uma das formas de prevenir a infecção, entretanto ela não evita todos os tipos do vírus. A vacina quadrivalente protege contra dois tipos de HPV de baixo risco (6 e 11), que causam verrugas nos genitais ou no ânus, e contra outros dois tipos de alto risco (16 e 18), que são os mais associados ao câncer. Por isso, o uso do preservativo nas relações continua  importante (inclusive no sexo oral), bem como os exames regulares de papanicolau, para as mulheres.

Homens e mulheres podem tomar a vacina contra HPV.
Verdade! A recomendação é meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos tomem as duas doses da vacina. Isso pode impressionar alguns pais, já que é uma idade relativamente baixa para se pensar em ISTs, entretanto a imunização é mais eficaz quando acontece antes dos primeiros contatos sexuais. Lembrando que não é preciso ter uma relação sexual com penetração para se infectar com o HPV.

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