Redação Publicado em 21/01/2021, às 10h00
Anderson José estuda medicina na Ufac (Universidade Federal do Acre), apesar de ter nascido em São Paulo. Apaixonado por comunicação, ele criou um podcast chamado Farofa Médica, em que fala, de forma bem-humoradíssima, sobre temas sérios como HIV, pesquisas científicas e uso medicinal de maconha.
Aqui no site, Anderson vai falar sobre tudo isso, além de revelar como é a rotina dos estudantes de medicina e tocar em questões enfrentadas durante o curso, como o estresse e o clima de competição entre os alunos. Ele também possui bastante interesse em pesquisa, e até participou de estudos recentes relacionados à Covid-19, que serão tema de sua coluna também.
1. Por que escolheu medicina? E por que escrever sobre saúde?
Porque eu acredito que a medicina oferece um campo de atuação vasto, além de uma diversidade interessante de serviços para exercê-la, por isso a escolhi como carreira profissional. Eu sempre gostei de escrever e me comunicar, então escrever sobre saúde é o resultado da junção de duas coisas que gosto: medicina e comunicação. Espero me sair bem!
2. Como é nascer em São Paulo e estudar em Rio Branco, Acre? Como essa mudança mexeu com sua vida?
Nascer em São Paulo e, de repente, mudar para Rio Branco, foi algo assustador em um primeiro momento. Eu já cursava medicina em uma instituição privada em Santos e transferi, por meio de um processo seletivo, para a Universidade Federal do Acre, em 2018, após uma situação familiar difícil. Essa mudança mexeu muito com a minha cabeça, mas hoje já estou bem mais adaptado (só não a calor do Norte) e sou grato as oportunidades que têm surgido na minha vida.
3. Como a pandemia mudou sua rotina de estudos? A vida virou de ponta cabeça? Como cuidar da cabeça?
Minha vida parece que deu uma estacionada em março de 2020 com a suspensão das aulas. A Ufac, como as outras federais, só retomou as atividades em caráter remoto em meados de outubro. Mas, já estou em uma etapa do curso em que preciso dos campos de prática em hospitais e não há como fazer isso de forma remota, então, tanto eu, como meus colegas, estamos todos ansiosos para a melhora das condições epidemiológicas e também pela bendita vacina, para que a gente retome nosso dia-a-dia. Confesso que dei uma pirada em 2020, tive que recorrer a remédios e ajuda médica psiquiátrica diante da perspectiva de ter quase um ano perdido na faculdade por conta da pandemia. Queria muito ter uma receita de como cuidar da cabeça, mas o que me ajudou bastante foi a prática diária de exercício físico, a leitura de livros, ouvir música, estudar de forma leve e conversar com amigos e família mesmo que por meio do celular.
4. Como surgiu a ideia do podcast?
Eu iniciei o Farofa Médica em setembro de 2020. Sempre gostei de me comunicar e, em um momento de distanciamento social, senti a necessidade de expor minhas ideias e falar com muitas pessoas, por mais que pareça estar falando sozinho. Eu faço tudo no podcast! Desde o roteiro até a edição. Da um trabalhão porque preciso conciliar com meus outros afazeres, mas é prazeroso e me faz bem!