Saber quais são essas áreas pode ajudar a montar estratégias para melhorar o trabalho remoto
Redação Publicado em 26/04/2021, às 20h34
A pandemia de Covid-19 praticamente obrigou muitas pessoas a encontrarem novas formas de organizar seus respectivos trabalhos. Isto é, cada vez mais empresas e organizações em todo mundo estão considerando como atender melhor a demanda por flexibilidade dos funcionários e, ao mesmo tempo, reduzir espaço de escritório e aluguéis caros.
Não é novidade que o trabalho remoto – ou home office – tem vantagens e desvantagens, que são determinadas por diversos fatores capazes de influenciar a experiência das pessoas como a sua função profissional, a idade, se têm filhos ou não, se é gerente ou funcionário, entre tantas outras.
Nesse contexto, pesquisadores da Universidade Técnica da Dinamarca (DTU) identificaram seis áreas principais em que os gestores de empresas devem se concentrar no desenvolvimento de estratégias para o home office no futuro.
Para a pesquisa, foram examinados os prós e contras de trabalhar em casa entre gestores e funcionários de oito países europeus. Segundo os autores, a grande parte dos entrevistados sentiu que o home office proporciona benefícios como melhor equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, mais eficiência e controle sobre sua função.
A maioria dos participantes disse que as três vantagens superam as três principais desvantagens: as deficiências do home office, maiores incertezas quando não existe o contato físico com chefe e colegas, e o acesso reduzido às ferramentas de trabalho que normalmente estão disponíveis no escritório.
Apesar de muitas pessoas do estudo acreditarem que os prós superam os contras, também havia uma grande porcentagem que não enxergava benefícios. Por isso, de acordo com os pesquisadores, é tão importante que empresas e organizações façam novos planos e estratégias para melhorar o trabalho remoto, já que cada um experimenta as vantagens e desvantagens de forma muito diferente.
Em outras palavras, nem todo mundo tem os mesmos desafios e sentimentos quando estão trabalhando em casa.
Conheça quais são as seis principais áreas que podem ajudar a analisar quais os pontos negativos que devem ser amenizados e quais os grupos se beneficiam mais com o home office:
Vantagens:
Desvantagens:
O estudo constatou que os jovens de 18 a 30 anos obtiveram maior pontuação quando se tratava do fator de “equilíbrio trabalho e vida” em comparação aos empregados com mais de 31 anos. Por outro lado, eles apresentaram maiores problemas com a “incerteza sobre o trabalho” do que as gerações mais velhas - que perceberam as “ferramentas inadequadas” como um problema maior.
Também foi possível observar muitas diferenças ao comparar gestores e funcionários. Os empregados avaliaram a eficiência e o equilíbrio vida/trabalho mais positivamente do que os gestores. Estes, por sua vez, relataram menos incerteza com o emprego e sentiram menos falta das ferramentas de trabalho importantes.
Para os autores, utilizando os seis fatores como pontos de referência na análise de diferentes grupos de funcionários de uma empresa, é possível obter uma melhor compreensão de como organizar o trabalho remoto em um futuro próximo. Além disso, eles também podem ser usados como uma ferramenta para avaliação contínua.
A tendência é que o número de pessoas trabalhando em casa aumente cada vez mais nos próximos anos, mesmo quando a Covid-19 não for mais uma ameaça à saúde de todos. Nesse cenário, segundo os pesquisadores, os seis fatores ajudam a identificar e dialogar sobre os prós e contras, desenvolver estratégias para promover o bem-estar dos funcionários e, consequentemente, minimizar as desvantagens.
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