Uma nova pesquisa indica os benefícios de se manter uma meta diária de passos por dia
Fausto Fagioli Fonseca Publicado em 29/07/2024, às 09h00
Hoje em dia é fácil acompanhar várias métricas do seu exercício por meio de aplicativos de celular e relógios esportivos. Muitos deles oferecem a possibilidade de contar quantos passos foram dados em um dia, assim como indicar as calorias queimadas.
Há quem prefira, porém, contar os minutos de caminhada para ter um controle maior do exercício. Por exemplo, sair de casa para caminhar por 1h faz com que você dê, aproximadamente, 5 mil passos durante a atividade.
Sabemos que, às vezes, tentar atingir metas de atividade física pode ser confuso: afinal, será que existe um jeito melhor de medir o exercício, uma quantidade de tempo ou um certo número de passos?
Um estudo de Harvard indica que as duas formas de medir o exercício, por tempo ou por passos, são igualmente eficazes para rastrear se você está fazendo atividade suficiente para reduzir o risco de doenças e aumentar a longevidade.
Os pesquisadores analisaram as informações de saúde de mais de 14.000 mulheres saudáveis (com 62 anos ou mais) que usaram rastreadores de atividade.
O resultado apontou que, independentemente do tipo de exercício, as mulheres que eram mais ativas tiveram as maiores reduções no risco de doenças cardiovasculares e morte precoce (30% ou mais), em comparação com as mulheres que eram menos ativas.
E tanto as medições de minutos quanto as medições de passos tiveram as mesmas associações com esses benefícios à saúde.
As recomendações atuais sobre a prática de atividades físicas indicam que as pessoas devem fazer 150 minutos por semana de atividade de intensidade moderada ou 75 minutos por semana de atividade de intensidade vigorosa. O equivalente em passos seria cerca de 7.000 por dia.
Por isso, são comuns as orientações médicas com indicação de fazer caminhadas para melhorar a saúde e o bem-estar. Afinal, o simples ato de andar é uma forte ferramenta quando o assunto é controle e prevenção de doenças.
Veja, a seguir, cinco benefícios da caminhada.
Pesquisadores de Harvard analisaram 32 genes relacionados à obesidade em mais de 12.000 pessoas para determinar o quanto eles realmente contribuem para o peso corporal. As descobertas revelaram que, entre os participantes do estudo que caminhavam em um ritmo mais forte por cerca de uma hora por dia, os efeitos desses genes foram cortados pela metade.
Estudos da Universidade de Exeter (Inglaterra) descobriram que uma caminhada de 15 minutos já é capaz de conter os desejos por chocolate ou, até mesmo, reduzir a quantidade que uma pessoa come em situações estressantes. Além disso, outro estudo mostrou que caminhar pode diminuir os desejos e a própria ingestão de uma variedade de lanches açucarados.
Outros estudos já mostraram que qualquer tipo de atividade física pode ajudar a diminuir as chances de desenvolver o câncer de mama. Porém, uma pesquisa da American Cancer Society descobriu que mulheres que caminhavam sete ou mais horas por semana tinham um risco 14% menor de apresentar o problema em comparação com as que caminhavam semanalmente três ou menos horas.
Além disso, de acordo com os dados, a caminhada proporcionou essa proteção até mesmo para as mulheres com fatores de risco para o câncer de mama, como estar acima do peso.
Diversas pesquisas sobre caminhadas já revelaram que essa atividade reduz a dor relacionada à artrite e que caminhar de 5 km a 10 km por semana pode até impedir a formação do problema. A caminhada protege as articulações, especialmente os joelhos e quadris, que são mais suscetíveis à osteoartrite, porque lubrifica e fortalece os músculos que os sustentam.
Caminhar cria uma proteção durante a temporada em que os casos de gripe e resfriado crescem. Um estudo realizado com mais de 1.000 pessoas descobriu que as que caminhavam por, pelo menos, 20 minutos por dia em cinco dias na semana tinham 43% menos dias de doença em comparação às que se exercitavam uma vez por semana ou menos. E se elas adoeceram, foi por uma duração mais curta e seus sintomas eram mais leves.
Fonte: Harvard Health Publishing
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