Redação Publicado em 29/03/2021, às 11h50
Não é surpresa para ninguém a informação de que o Brasil vive sua pior fase da pandemia até o momento. Com recordes de óbito diários e atingindo a marca de 300 mil mortos, o país enfrenta uma crise sanitária e passa pela segunda quarentena rígida na maioria dos estados.
Porém, essas não são as únicas notícias ruins sobre o coronavírus. De acordo com um levantamento da Fiocruz, divulgado na última sexta-feira (26), está havendo um “rejuvenescimento da pandemia”, ou seja, o vírus está atacando pessoas mais novas com uma incidência maior.
Ao analisar algumas faixas etárias, da Semana Epidemiológica 1 de 2021 até a 10 (7 a 13/3), os pesquisadores observaram um aumento de casos bem significativo. Dos 30 aos 39 anos, o número de infectados aumentou em 565,08%, dos 40 aos 49 o aumento foi de 626% e dos 50 aos 59, foi 525,93%.
“O ritmo lento em que se encontra a vacinação contribui para prolongar a duração da pandemia e da adoção intermitente de medidas de contenção e mitigação”, afirmam os pesquisadores do Observatório Fiocruz, responsáveis pelo boletim da instituição.
Os pesquisadores ressaltam que essa situação, de adultos mais jovens contraindo mais a doença, impacta diretamente no esgotamento de leitos hospitalares. “Por se tratar de população com menos comorbidades – e, portanto, com evolução mais lenta dos casos graves e fatais, frequentemente há um maior tempo de permanência na internação em terapia intensiva”, diz o boletim.
“Sendo a infecção mais comum entre os jovens e os óbitos mais frequentes em mais idosos e pessoas com doenças crônicas, uma geração deve procurar proteger a outra, evitando o contágio de membros da família, vizinhos, companheiros de trabalho e amigos”, destaca o boletim.
Por isso, a Fundação sugere medidas fortes de isolamento e até lockdown para tentar diminuir os casos. Além disso, o uso de máscaras e higienização das mãos continua sendo essencial para se prevenir contra a doença.