Redação Publicado em 29/03/2021, às 20h06
Londres tem registrado cinco mortes diárias por Covid-19, um número quase 40 vezes mais baixo que o observado no pico da pandemia na cidade, em janeiro. A capital agora tem a menor taxa de mortalidade em toda a Inglaterra – o país registrou uma média de 55 casos diários nos últimos sete dias, e contabiliza mais de 126 mil mortes desde o início da pandemia.
Segundo reportagem do jornal britânico Daily Mail, Londres está com uma média de 500 novas infecções diárias, sendo que em janeiro o total chegou a 20 mil. As hospitalizações também caíram, na cidade, de 7.500 para 740.
Especialistas têm comemorado a redução dos números, mas alertam que Londres e outras grandes cidades britânicas continuam sob risco de uma “terceira onda”, devido ao ritmo lento de adesão às vacinas em algumas localidades. Esses locais podem se tornar “bolsões” de infecção, por não alcançarem a imunidade necessária.
O primeiro-ministro Boris Johnson também alertou os cidadãos, nesta segunda-feira (29), para que continuem a obedecer às regras de distanciamento social para não arriscar o progresso que tiveram. Com o início da primavera, muitos britânicos se reuníram nos parques, piscinas e instalações esportivas.
Nos EUA, onde o ritmo de vacinação é alto e, a partir de abril, nove entre dez adultos terão direito a se imunizar, o número de mortes diárias também vem baixando – do pico de mais de 3.500, em fevereiro, para menos de 1.000. Apesar disso, as novas infecções, que vinham caindo de forma drástica, aumentaram na última semana.
Os números fizeram o presidente Joe Biden apelar para que governadores e prefeitos retomem a obrigatoriedade do uso de máscaras e outras regras, suspensas em diversos estados nas últimas semanas. Como a queda parecia rápida e os EUA conseguiram turbinar sua aquisição de vacinas, muitos norte-americanos pararam de se proteger.
O anúncio de Biden foi feito logo após a diretora do Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC) fazer um discurso emocionado, implorando que as pessoas não baixem a guarda. O centro já havia alertado para um possível novo aumento no fim de março em função da disseminação de variantes no país.
Segundo o jornal The New York Times, a população também tem viajado mais – cerca de 1,3 milhões de pessoas têm usado os aeroportos do país a cada dia, em comparação com apenas 180 mil no mesmo período do ano passado.