Entenda como manejar as diferenças políticas para ter um relacionamento saudável.
Jairo Bouer Publicado em 12/11/2020, às 09h00
Dúvida: Jairo, aconteceu uma coisa curiosa nesse final de semana: enquanto eu comemorava a vitória do Biden, nos EUA, meu namorado lamentava a derrota do Trump. Ficou arrasado, como se seu time tivesse perdido uma partida de futebol. Na última eleição aqui no Brasil, aconteceu parecido. Enquanto eu chorava pelos cantos a derrota do Haddad, ele estava explodindo de alegria com a vitória do Bolsonaro. Seja sincero comigo, você acha que isso significa problemas se casarmos e termos filhos?
Caso você queira minha opinião mais sincera, significa problema, sim. Pelo o que você está contando, vocês têm diferenças políticas e até na forma de entender o mundo.
Isso quer dizer que duas pessoas com ideologias muito diferentes não podem ter um relacionamento? Não! É possível que elas se envolvam e tenham um romance. Muitos casais passaram por discordâncias e nesse momento de polarização, tanto no Brasil quanto nos EUA, esse tipo de situação pode acontecer.
Podemos viver na mesma casa, embaixo do mesmo teto de alguém que pensa e sente muito diferente da gente nessas questões políticas. Isso porque quando um assunto envolve apenas duas pessoas, é provável que elas escolham ignorá-lo, sem gerar conflitos, ou, então, respeitem opinião do outro, desde que isso não signifique abrir mão das próprias convicções.
Isso pode contaminar e dificultar a educação dos filhos, sim. Uma coisa é o casal respeitar a posição política um do outro. Mas, na hora de criar os filhos, visões diferentes do mundo podem complicar o meio de campo. Algumas dessas posições mais polarizadas são muito radicais em relação a algumas questões que são claras para a comunidade científica, por exemplo.
Não é bem assim. Vale a pena conversar e entender os limites e o respeito à opinião do outro, principalmente quando o assunto vai além da política. Infelizmente, essa questão é bem mais complicada do que pai e mãe que torcem para times de futebol diferentes.
Então a melhor saída é avaliar tudo isso e conversar com o seu parceiro, caso vocês planejem ter um filho juntos.
Os seguidores aproveitaram para dar alguns conselhos para a internauta que mandou a dúvida e dar seu relato no caso. “Isso significa que ele não compartilha dos mesmos valores que você. Então, o que você está fazendo com esse cara?”, disse uma. “Me relacionaria sem problemas, desde que não haja radicalização, porque pode afetar ambiente de convívio”, afirmou outro. “Eu até já tentei, mas não consigo. São modos de ver a vida totalmente diferentes”, disse a última.
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