Redação Publicado em 02/07/2021, às 10h33
Na última quinta-feira (1), Datena foi corrigido ao vivo pela colega Cátia Fonseca, após usar o termo “opção sexual”. Em um papo descontraído, o apresentador comentou: “Todos somos iguais independente da cor da pele, independente de que país a gente venha, e da 'opção sexual'. Cada um escolhe o que quer. Eu tenho pavor a qualquer tipo de preconceito."
No mesmo momento, Cátia o alertou: "E não é escolha. Eu não escolho ser hétero e o outro não escolhe ser homossexual. A gente nasce hétero, homossexual ou nasce bi".
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Contudo, o jornalista seguiu com seu discurso, agindo como se a sexualidade realmente fosse uma escolha: "Tem gente que nasce hétero e depois muda. Tem até história de pansexual. Cada um escolhe fazer da vida o que quer. Essa é a minha opinião e sempre será".
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Assim como Cátia Fonseca explicou, a sexualidade de cada um não é uma escolha. Quando Datena diz, por exemplo, que "tem gente que nasce hétero e depois muda", ele provavelmente se refere a casos de pessoas que não se sentiam confortáveis para assumir a sexualidade e apenas com a idade conseguiram fazer isso. Nesse tipo de situação, quem está de fora pode se chocar e até pensar que a pessoa "virou" algo, mas a verdade é que ela sempre teve a orientação sexual — só não dividia isso com os outros.
Outro caso que pode ocorrer é uma pessoa querer experimentar sua sexualidade e descobrir, depois de um tempo, que gosta de um ou mais gêneros que não sabia. Mas, vale lembrar, isso não é uma questão de escolha e sim de autoconhecimento.
Ninguém acorda um dia e "decide" ter uma nova sexualidade, ainda mais no Brasil, um país ainda tão preconceituoso.
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