"Depois do Universo": conheça 3 fatos sobre o lúpus

O filme brasileiro conta a história de Nina (Giulia Be), uma pianista que convive com a doença desde a infância

Milena Alvarez Publicado em 10/11/2022, às 14h00

O lúpus é uma doença autoimune que pode afetar diversos órgãos - Divulgação/Netflix

Em poucos dias após sua estreia na Netflix, a produção brasileira “Depois do Universo” já ocupava os primeiros lugares da lista “top 10” na plataforma. A trama conta a história de Nina (Giulia Be), uma talentosa pianista diagnosticada com lúpus desde a infância que sonha em tocar na Orquestra Sinfônica. 

O filme mostra como a protagonista enfrenta diversos desafios e reviravoltas provocados pela doença, do medo da morte até o receio de perder a carreira e de se entregar a uma paixão. Nesse contexto, separamos alguns fatos importantes sobre o lúpus, veja só:

1. É uma doença autoimune

O lúpus é uma doença autoimune, ou seja, o corpo produz anticorpos que atacam a si próprio. Existem duas variações da doença, a cutânea (com manifestações na pele) e o eritematoso sistêmico, que pode acometer a pele e os órgãos internos – como acontece com Nina no filme. Acredita-se que fatores genéticos podem favorecer o desenvolvimento da doença. Além disso, infecções, especialmente as virais, também são capazes de desencadear o aparecimento do lúpus em uma pessoa que já é geneticamente mais vulnerável. 

2. As mulheres são as mais afetadas

O lúpus é muito mais comum em mulheres (7 a 10 vezes mais que em homens) e em jovens (dos 20 aos 30 anos). Entretanto, a doença pode afetar pessoas de qualquer idade, inclusive crianças.

Confira:

Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, estima-se que existam cerca de 65 mil pessoas com lúpus no Brasil, ou seja, a doença acomete 150 pessoas a cada 100 mil indivíduos. Por essa razão, para reumatologistas, ela é considerada uma condição relativamente comum.  

3. Causa manchas em formato de asas de borboletas

Os sintomas do lúpus são diversos e podem variar em intensidade de acordo com a fase de atividade ou remissão da doença. Uma das manifestações mais características, que ocorre em cerca de 80% dos casos, são as manchas avermelhadas nas maçãs do rosto e no dorso do nariz. Elas não deixam cicatriz e são conhecidas como “lesões em asa de borboleta” (a distribuição lembra o formato do inseto). 

Indivíduos com a doença também apresentam sintomas gerais como cansaço, febre, perda do apetite e desânimo. As manifestações podem aparecer devido à inflamação da pele, das articulações (juntas), do cérebro, dos nervos, dos rins, das membranas que recobrem o pulmão (pleura) e do coração (pericárdio). Esses sinais podem surgir isoladamente ou em conjunto, bem como podem acontecer simultaneamente ou de forma sequencial. 

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