Cerca de uma em cada quatro mães sofre com sintomas depressivos severos não só depois do parto, mas em diversos períodos ao longo dos três anos que se
Da Redação Publicado em 27/10/2020, às 16h11 - Atualizado às 16h12
Cerca de uma em cada quatro mães sofre com sintomas depressivos severos não só depois do parto, mas em diversos períodos ao longo dos três anos que se seguem ao nascimento da criança. A conclusão é de um estudo que contou com 5 mil mulheres e foi conduzido pelo Instituto Nacional de Saúde Infantil e Desenvolvimento Humano, nos EUA, com financiamento público.
A Academia Americana de Pediatria recomenda que os pediatras conversem com as mães para avaliar a presença de depressão pós-parto nas consultas de puericultura, quando um bebê tem um, dois, quatro e seis meses de idade. Mas, para os autores do estudo, estender o período de triagem poderia beneficiar as famílias. Vale ressaltar que a depressão materna é um fator de risco para o desenvolvimento da criança.
Os pesquisadores analisaram dados de um grande estudo que incluiu bebês nascidos entre 2008 e 2010, em 57 condados do estado de Nova York. As mães foram acompanhadas por três anos após o nascimento de seus filhos.
Mulheres que já tinham transtornos de humor e/ou tiveram diabetes gestacional foram mais propensas a ter níveis mais elevados de sintomas depressivos que persistiram durante todo o período do estudo.
Os autores agora esperam que novas pesquisas sejam feitas, com uma população mais diversificada, para que se tenha informações mais precisas sobre a extensão do problema.
Conheça alguns sintomas que podem indicar se uma pessoa pode estar com depressão:
– Sensação de tristeza prolongada ou de vazio, como se a vida perdesse suas cores
– Falta de interesse generalizado, até nas atividades que geravam prazer e no sexo
– Agressividade ou mau humor crônico
– Baixa autoestima, sensação de ser um peso para os outros ou sentimento de culpa
– Pessimismo, sensação de que não há solução para o mundo ou para os problemas
– Falta de energia, cansaço excessivo, perda de concentração e memória, falta de iniciativa;
– Agitação ou lentificação psicomotora (movimentos e pensamentos ficam mais lentos)
– Insônia ou sonolência excessiva
– Falta ou excesso de apetite
– Mal-estar físico, como dores, fraqueza ou sintomas digestivos
– Pensamentos sobre morte ou ideias de suicídio (nem sempre presentes)
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