O dia 11 de outubro é marcado pelo “Dia Nacional de Prevenção da Obesidade”, data criada com o objetivo de conscientizar sobre a importância da prevenção da condição, bem como do tratamento e do acompanhamento por profissionais capacitados.
A campanha visa também alertar sobre a representação estigmatizada da obesidade. Muitas vezes, pessoas obesas são retratadas reforçando estereótipos negativos e equivocados. Por isso, a ideia é acabar com o uso de linguagem ou de imagens que podem levar ao estigma de peso, representando a obesidade de maneira mais justa e informativa.
A obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal e pode ser medida pelo IMC (Índice de Massa Corporal). No caso de o resultado estar entre 25 e 29,9 é considerado sobrepeso, já acima de 30 passa a ser considerado obesidade. Embora ambos possam ter consequências na saúde, a obesidade traz ainda mais riscos. Algumas das doenças associadas são:
Para ajudar no processo de desestigmatização da obesidade, separamos quatro mitos comuns que ainda cercam o assunto:
De fato, a maioria das medidas para reduzir a obesidade visa diminuir a ingestão calórica e aumentar a atividade física. Porém, vários outros fatores também podem desempenhar um papel significativo na obesidade, como sono insuficiente, estresse, dor crônica, desreguladores endócrinos (hormonais) e certos medicamentos.
Nesses casos, comer demais, por exemplo, pode ser um sintoma e não uma causa. Além disso, alguns desses fatores trabalham juntos. Por exemplo, devido à prevalência do estigma do peso, a obesidade pode ser estressante, criando um ciclo negativo.
Confira:
A obesidade não causa diretamente o diabetes. É um fator de risco para diabetes tipo 2, mas nem todos com obesidade desenvolverão diabetes tipo 2, e nem todos com diabetes tipo 2 têm obesidade. Estar acima do peso também é um fator de risco para diabetes gestacional, que ocorre durante a gravidez, mas não é um fator de risco para diabetes tipo 1.
Um estudo de 2011 usou aparelhos portáteis para medir os níveis de atividade de 2.832 adultos, com idades entre 20 e 79 anos, por quatro dias. A contagem de passos diminuiu à medida que o peso aumentou, mas as diferenças não foram tão significativas. Isso não significa que a atividade física não seja essencial, mas a história é mais complexa. Outro fator é que nem todas as pessoas são capazes de realizar atividade física. Algumas deficiências físicas e mesmo a obesidade podem tornar o movimento muito difícil. Além disso, certos problemas de saúde mental podem afetar severamente a motivação.
A relação entre obesidade e genética é complexa, mas alguém cujos parentes têm obesidade não necessariamente desenvolverá a doença. No entanto, a chance disso ocorrer é maior. Compreender o papel dos genes e do ambiente isoladamente é difícil; pessoas que compartilham genes semelhantes geralmente vivem juntas e, portanto, podem ter hábitos alimentares e de estilo de vida semelhantes.
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Milena Alvarez
Caiçara e jornalista de saúde há quatro anos. Tem interesse por assuntos relacionados a comportamento, saúde mental, saúde da mulher e maternidade. @milenaralvarez