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Dia Nacional da Obesidade: 4 mitos comuns que você precisa saber

A obesidade é uma condição em que há o acúmulo excessivo de gordura corporal - iStock
A obesidade é uma condição em que há o acúmulo excessivo de gordura corporal - iStock

O dia 11 de outubro é marcado pelo “Dia Nacional de Prevenção da Obesidade, data criada com o objetivo de conscientizar sobre a importância da prevenção da condição, bem como do tratamento e do acompanhamento por profissionais capacitados.

A campanha visa também alertar sobre a representação estigmatizada da obesidade. Muitas vezes, pessoas obesas são retratadas reforçando estereótipos negativos e equivocados. Por isso, a ideia é acabar com o uso de linguagem ou de imagens que podem levar ao estigma de peso, representando a obesidade de maneira mais justa e informativa.

A obesidade

A obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal e pode ser medida pelo IMC (Índice de Massa Corporal). No caso de o resultado estar entre 25 e 29,9 é considerado sobrepeso, já acima de 30 passa a ser considerado obesidade. Embora ambos possam ter consequências na saúde, a obesidade traz ainda mais riscos. Algumas das doenças associadas são: 

  • Apneia do sono;
  • Acidente vascular cerebral;
  • Problemas de fertilidade;
  • Hipertensão arterial;
  • Diabetes;
  • Dislipidemias (alterações do nível de lipídios no sangue);
  • Doenças cardiovasculares;
  • Cálculo biliar;
  • Aterosclerose;
  • Câncer;
  • Doenças pulmonares;
  • Problemas ortopédicos;
  • Gota;
  • Entre outros.

4 mitos comuns sobre obesidade

Para ajudar no processo de desestigmatização da obesidade, separamos quatro mitos comuns que ainda cercam o assunto:

1. Para reduzir a obesidade basta comer menos e mover-se mais

De fato, a maioria das medidas para reduzir a obesidade visa diminuir a ingestão calórica e aumentar a atividade física. Porém, vários outros fatores também podem desempenhar um papel significativo na obesidade, como sono insuficiente, estresse, dor crônica, desreguladores endócrinos (hormonais) e certos medicamentos.

Nesses casos, comer demais, por exemplo, pode ser um sintoma e não uma causa. Além disso, alguns desses fatores trabalham juntos. Por exemplo, devido à prevalência do estigma do peso, a obesidade pode ser estressante, criando um ciclo negativo.  

Confira:

2. Obesidade causa diabetes

A obesidade não causa diretamente o diabetes. É um fator de risco para diabetes tipo 2, mas nem todos com obesidade desenvolverão diabetes tipo 2, e nem todos com diabetes tipo 2 têm obesidade. Estar acima do peso também é um fator de risco para diabetes gestacional, que ocorre durante a gravidez, mas não é um fator de risco para diabetes tipo 1.

3. Pessoas com obesidade são preguiçosas

Um estudo de 2011 usou aparelhos portáteis para medir os níveis de atividade de 2.832 adultos, com idades entre 20 e 79 anos, por quatro dias. A contagem de passos diminuiu à medida que o peso aumentou, mas as diferenças não foram tão significativas. Isso não significa que a atividade física não seja essencial, mas a história é mais complexa. Outro fator é que nem todas as pessoas são capazes de realizar atividade física. Algumas deficiências físicas e mesmo a obesidade podem tornar o movimento muito difícil. Além disso, certos problemas de saúde mental podem afetar severamente a motivação. 

4. Se seus pais têm obesidade, você também terá

A relação entre obesidade e genética é complexa, mas alguém cujos parentes têm obesidade não necessariamente desenvolverá a doença. No entanto, a chance disso ocorrer é maior. Compreender o papel dos genes e do ambiente isoladamente é difícil; pessoas que compartilham genes semelhantes geralmente vivem juntas e, portanto, podem ter hábitos alimentares e de estilo de vida semelhantes.

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Milena Alvarez

Milena Alvarez

Caiçara e jornalista de saúde há quatro anos. Tem interesse por assuntos relacionados a comportamento, saúde mental, saúde da mulher e maternidade. @milenaralvarez