Da Redação Publicado em 13/10/2020, às 19h50 - Atualizado em 14/10/2020, às 13h24
Diego Montez contou, em entrevista a Caio Fischer no YouTube, que nunca falou sobre sua sexualidade com o pai, nesta terça-feira (13).
O ator, que revelou sua homossexualidade em conversa com o portal Glamurama no início deste ano, é filho de Sônia Lima e do apresentador Wagner Montes, que faleceu em 2019. “Isso é uma coisa que sempre levei muito para mim. Eu nunca tive essa conversa com meu pai. Nunca foi uma coisa que a gente conversou sobre”, contou.
Interpretando o próprio pai no musical ‘Sílvio Santos vem aí’, o artista ainda deu detalhes da preparação para o papel.
“Na verdade, fazer o meu pai numa peça é basicamente fazer um vestibular em que você prestou atenção na aula todos os dias. Porque você não precisa de fato estudar, você sabe como é que funciona. Como muitas coisas, muitos registros do meu pai eram de antes do meu nascimento, eu tive que assistir a muita coisa, pesquisar muita coisa, principalmente do lado dele cantor”, falou.
A infância ao lado do patriarca foi essencial: “Nem sabia que existia um foco tão grande nisso na carreira dele. Foi um processo de juntar toda a minha bagagem de convivência com ele, de saber o gestual, ele está no meu corpo, não tem como. E ao mesmo pesquisar como era o Wagner lá atrás, como ele falava lá atrás”.
A maior parte dos jovens LGBTQ+ deseja acesso a tratamentos para saúde mental, mas não consegue, de acordo com um estudo. As principais barreiras para o acesso são custo, permissão dos pais e estigma.
Evidências apontam a população que não se identifica como heterossexual é mais vulnerável a transtornos como ansiedade, depressão, abuso de substâncias e até ao suicídio, por conta do constante estresse causado por situações de bullying, preconceito ou conflitos com a família.
Em pesquisa conduzida pelo The Trevor Project, organização focada na prevenção do suicídio entre jovens de minorias sexuais, foi descoberto que 84% deles gostariam de ter acesso a cuidados de saúde mental. O trabalho contou com mais de 40 mil indivíduos LGBTQ com idades entre 13 e 24 anos.
Entre os interessados em obter atendimento, mais da metade disse que o custo era um fator proibitivo. E um terço afirmou que não queria pedir permissão para os pais (muitos estados norte-americanos exigem consentimento de pais ou responsáveis para tratar menores de 18 anos).
Os resultados mostram que, para os jovens, envolver os pais na busca por um psicólogo ou psiquiatra significaria ter de revelar sua sexualidade, ou identidade de gênero. Muitos ainda não estão prontos para dar esse passo, e, às vezes, precisam de auxílio de um profissional justamente para isso. Mas quase um quarto também comentou que temia ser denunciado para os familiares.
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